22.11.06

Uma Igreja em constantes cuidados paliativos!


Parece-me a mim que muitas das coisas que faço, muitas das cerimónias em que participo, alguns dos projectos que sou desafiado a participar são “cuidados paliativos” que tenho de prestar… Os últimos cuidados que se prestam antes de morrer!
Certas cerimónias, tão só produto da tradição, e até certos projectos… é aguentar até… acabar!

Preocupa-me bastante descobrir nas paróquias uma religião tão só de tradições e hábitos… apetece desligar a máquina e deixar mesmo morrer! Mas depois que fica? Que propomos em troca? Estarão as pessoas dispostas a trocar a religião do “sempre foi assim” pela religião verdadeira e viva!?

Pior ainda… certos projectos eclesiais que resultaram numa sociedade de cristandade e que ainda mantemos… Se falarmos a nível vocacional então…



Avancemos com confiança em quem tudo pode! Dignifiquemos o que está em cuidados paliativos mas procuremos novas formas e novos caminhos de levar o Evangelho às pessoas… este não é só trabalho do padre… esta é também a tua missão!
Estou certo ou estou errado?!


No blog: Padre Tó Carlos

5 comentários:

Ver para crer disse...

Acho que tens toda a razão.
Lutemos todos por uma Igreja mais evangelizada e mais evangelizadora.

caminante disse...

Caro amigo, pienso que la Iglesia no está bajo cuidados paliativos. Nos lo gritó Benedicto XVI al comienzo de su Pontificado: La Iglesia está viva, es joven. Y, en Colonia, nos marcó el camino, hablando a más de un millón de jóvenes: los santos son los verdaderos reformadores. Y son los que saben sacar del baúl lo nuevo y lo viejo. Las cosas no son malas por antiguas, ni buenas por modernas. Son buenas o malas según lleven o no a Dios.
Caro amigo, permíteme un consejo: si tú y yo queremos cambiar el mundo, luchemos por ser santos en radicalidad. Formemos a nuestros fieles, metamos a nuestros fieles en el Sagrario. Allí descubrirán que no se puede amar a Dios si no se ama al hermano. Allí entenderán que la fe ha de traducirse en obras. Porque Jesús lo dió todo por nosotros. Pero como ofrenda al Padre.
Perdona el discurso., quizá demasiado largo para este foro.
Un fortisimo abrazo.

joaquim disse...

No blog em que saiu este texto fiz um comentário que agora gostaria de reforçar e que tem a ver com a "introdução" de "novas" formas de orar, de adorar, lógicamente em conformidade com a Igreja e que muitas vezes temos "medo" de introduzir porque não sabemos a reacção das pessoas. No entanto, somos muitas vezes surpreendidos com a sua pronta adesão e empenho.
Ontem fomos convidados para coordenarmos uma hora de Adoração ao Santíssimo.
Fi-lo na espiritualidade que vivemos no Renovamento Carismático, (entendam que não digo que é melhor ou pior, apenas diferente mas sempre em comunhão com a Igreja), e que no fundo é uma Adoração em diálogo aberto, de viva voz, com Jesus Vivo, presente no meio de nós, com cânticos e "meditação interior" conduzida em oração, leitura da Palavra rezando-A.
No fim vieram ter connosco e pediram-nos para voltarmos brevemente, porque tinham "vivido" realmente aquela Adoração e sentiam que algo tinha de mudar nas nossas vidas.
Confesso que ao principio tinha algum receio que não "corresse bem", mas o Senhor encarrega-se de tocar os corações.
Desculpem pelo tamanho do comentário.
Abraço em Cristo

O melhor dos blogues disse...

Caros amigos:

Obrigado pelos vossos comentários.
Como se deram decerto conta, os posts não são meus. Estão aqui porque os achei interessantes para minha e vossa reflexão.
Há algo que tem de mudar na forma de viver a nossa fé cristã. É que as próprias pessoas também vão mudando.
Concordo que algumas vivências são mais pagãs do que cristãs.
Penso voltar em breve ao assunto.

Anónimo disse...

Quem começa a sua vida pastoral sente uma certa amargura porque as pessoas têm formas muito pessoais de expressarem a sua fé.
São diferenças culturais que tarde ou nunca desaparecem.