19.12.07

A SERES HUMANOS CHAMAM ILEGAIS!

Não pude acompanhar de perto o caso dos Irmãos que pretendiam ir para Espanha e que acabaram por chegar a Portugal.

Chamaram-lhes ilegais. Como muito bem diz Rui Tavares, «ilegal não é palavra que se chame a um ser humano».

Qual foi o crime que cometeram? Refere ainda Rui Tavares: «Na Europa, há gente que nasce ilegal sem ter cometido nenhum crime».

Teologicamente, isto é insustentável. Deus não deu Portugal aos portugueses, a Espanha aos espanhóis nem a França aos franceses. Deus deu a terra aos homens, a todos os homens.

Onde há exclusão, não há dignidade.

Em tempo de Natal, não podemos deixar de nos indignar. É preciso tornar patente esta inquietação nas nossas palavras, nas nossas mensagens, nos nossos gestos.

Porque Deus é diferente, ninguém pode ser indiferente.

No blog: Theosfera

Natal só tem sentido com Jesus (Bento XVI)


Bento XVI deixou hoje uma forte interpelação aos cristãos de todo o mundo, questionando-os sobre o sentido de celebrar o Natal “sem reconhecer” nessa celebração o nascimento de Jesus.

“Que sentido tem festejar o Natal se não se reconhece que Deus se fez homem? Os cristãos têm de proclamar com convicção a verdade do nascimento de Cristo”. É “um tesouro para todos”.

Num “mundo secularizado”, frisou Bento XVI, conceitos como os proclamados pela Igreja em relação a Jesus “verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem” parecem “já não contar muito”. “Prefere-se ignorá-los ou considerá-los supérfluos para a vida, sob o pretexto de que estão de tal forma distantes que acabam por ser praticamente intraduzíveis em palavras convincentes e significativas”.
Há uma “ideia de tolerância e pluralismo para a qual acreditar que a verdade se manifestou efectivamente parece constituir um atentado à tolerância e à liberdade do homem”.

“Quando se anula a verdade, não se torna o homem um ser privado de sentido? Não nos constrangimos a nós próprios e ao mundo a aderir a um relativismo vazio?”.

“Em Belém manifestou-se ao mundo a Luz que ilumina a nossa vida e foi-nos revelado o Caminho que conduz a humanidade à plenitude”.
Fonte: Ecclesia
Tem toda a razão o Papa quando diz que o Natal só tem sentido com Jesus. Não é por causa do Pai-Natal, inventado e promovido pela Coca-cola, pela sociedade de consumo, que há NATAL, mas porque um dia em Belém, nasceu o Menino Jesus.
Agora nalgumas "presépios" deixamos de ver Jesus para vermos o Pai-Natal.
Esquecemos as raízes, as nossas tradições, para assimilarmos outras coisas (desde que não cheirem a cristianismo tudo é bom!!!). Aproveitamo-nos da situação, mas não queremos ir ao mais importante.
Qualquer dia celebraremos tudo menos o NATAL...
No blog:
Padres inquietos

30.11.07

Relatividade


Moisés disse: a Lei é TUDO...

Jesus disse: o Amor é TUDO...

Marx disse: o Capital é TUDO...

Freud disse: o Sexo é TUDO...

...

e veio Einstein e disse: TUDO é relativo...


Pois é!... Bom fim de semana!




No blog: PDIVULG

1.11.07

As raízes de Watson, do ateísmo e do neoliberalismo

“Entre os selvagens, os fracos de corpo e mente são logo eliminados. Nós, civilizados, fazemos o possível para evitar essa eliminação; construímos asilos para os imbecis, os aleijados, os doentes; instituímos leis para proteger os pobres... Isso é altamente prejudicial à raça humana.”(Charles Darwin)

lido na zazie

Já em tempos, curiosamente a propósito do aborto, escrevia Miguel Sousa Tavares que "na natureza, quando não se pode manter a ninhada, são as próprias mães que eliminam algumas crias para as outras poderem sobreviver".

Claro que existem ateus que, felizmente, esquecem a lógica perfeita e coerente do ateísmo e do neoliberalismo, e até são pessoas decentes, mas, infelizmente (porque isto tem imensos custos a médio e longo prazo), esquecem que só a Fé Cristã permite blindar intelectualmente as posições morais decentes.

No blog:
Timshel

28.10.07

A Família De Fundação Matrimonial


Quando um homem e uma mulher decidem, em consciência e liberdade, unir as suas vidas para realizar o conjugal fundam uma família. Ao manifestarem essa decisão – o consentimento matrimonial – estabelecem um Pacto gerador de um Vínculo que os une enquanto viverem. Pelo consentimento matrimonial cada um dos contraentes se entrega e é recebido pelo outro. E essa entrega e recebimento confiados faz com que cada um seja responsável pela pessoa do outro ajudando-o a crescer como pessoa e a alcançar as metas para que está vocacionado. Não como “eu quero”, não como “eu gostava e sonhei” mas como ele(a) está chamado(a) a realizar-se como ser único e irrepetível que é. Por esse motivo, o compromisso matrimonial torna-se uma obrigação devida e de vida. Para toda a vida.

Um raio pode atear um incêndio. Mas se o fogo não for alimentado acabará por se apagar. E o fogo, para quem quer mantê-lo vivo, alimenta-se com troncos, cavacas, lenha miúda, papéis e folhas secas…às vezes, também, com lixo. O mesmo se passa com o Amor. Este alimenta-se, no dia a dia, fazendo exercícios de realidade: pequenos gestos, atenções, colaboração esforçada, agradecimento, optimismo, bom-humor, arrependimento, reparação, perdão...

Família de fundação matrimonial por um homem e uma mulher. Porque só as características próprias de cada cônjuge, físicas e espirituais, garantem a complementaridade natural dos vários aspectos que permitem a ajuda mútua e a geração e educação de novas vidas com o consequente estabelecimento das naturais relações de paternidade e maternidade, de filiação e irmandade… A Natureza é o que é e não há volta a dar-lhe. A não ser que os cidadãos aceitem, resignados, limitar-se ao exercício de práticas sexuais infecundas confiando ao Estado a procriação, em laboratório, das futuras gerações, em quantidade e qualidade, à medida dos seus superiores interesses. E com as técnicas da chamada Procriação Médica Assistida esta é uma realidade que se perfila no horizonte.

O seu a seu dono. A justiça consiste em dar a cada um aquilo que lhe pertence. Por isso, tratar igualmente a desiguais é faltar à justiça que é devida a ambos.
Meter debaixo da capa prestigiada da Família realidades que o não são é faltar à verdade e manipular a inteligência do cidadão. É uma operação cosmética semelhante à do aproveitamento, pelo marxismo-leninismo da palavra Democracia para designar como Democracia Popular os regimes totalitários que difundiu pela face da Terra. Que motivo impede de qualificar estas “novas” realidades de relacionamento sexual com uma designação original?

Ao longo da História, de Platão aos nossos dias, sempre que os ideólogos tentaram atribuir ao Estado funções que não lhe pertencem, - tornando-o Totalitário, desumano e inibidor da Liberdade -, tentaram destruir a Família apresentando essa pretensão como Progresso. Eles sabem, claramente, que ela é, apesar dos pesares, a primeira escola de humanidade, de valorização da pessoa humana aceite pelo que é e não pelo que produz, de liberdade responsável, de convivência criativa e solidária... Consequentemente, pelo simples facto de existir, ela é um fortíssimo baluarte de oposição aos seus intuitos de controle da Sociedade.
Por isso há que estar atento aos sinais que se notam por aí. Os governantes são eleitos para governar em prol do bem comum, não para nos imporem as suas convicções pessoais. Quando um cidadão precisa de conselho procura um especialista em quem confie: um médico para um problema de saúde, o advogado ou notário para um assunto legal, o moralista para formar a consciência… Não o político de turno. Com evidentes vantagens para o cidadão e para a Democracia.


No blog: Catacumbas

27.10.07

Escolas católicas são melhores?

O ranking das escolas provou que o modelo educacional da Igreja Católica está a ter resultados positivos. Porque não ir buscar ideias a esse modelo?

Como é habitual, as escolas católicas voltaram a dominar este ano o ranking das escolas secundárias do país. Desde que o Marquês de Pombal retirou o ensino das mãos da Igreja, que as escolas públicas concorrem com as escolas religiosas sem nunca as baterem.

Por isso, a questão posta pelo tric é pertinente: porque não o Estado imitar nas escolas públicas os métodos de ensino das escolas católicas, ou simplesmente entregar escolas à Igreja e retirar-se de um domínio onde, comprovadamente, desempenha pior do que ela?

A resposta é uma matéria de conflito entre a fé e a razão. Apesar de 250 anos de evidência empírica em contrário, os políticos, os intelectuais e uma parte da opinião pública em Portugal ainda vivem pela fé, mais do que pela razão - a fé de que as escolas laicas são, ou serão alguma vez, melhores do que as escolas religiosas.

Mas elas não são melhores nem nunca serão. A razão é que as escolas laicas, públicas ou privadas, são feitas para agradar aos homens - aos alunos, aos pais dos alunos, aos professores, aos burocratas, ao povo, até aos políticos e aos empresários. Ao passo que as escolas religiosas são feitas para agradar a um ideal incomparavelmente superior e imbatível nesta competição. São feitas para agradar a Deus.

(Esta a opinião do senhor Prof. Doutor Pedro Arroja, in Portugal contemporâneo)

Visto no blog: Padres Inquietos

21.10.07

Mi gota di tu

Acompanha sempre os pais à Eucaristia dominical. E como diz a mãe, está sempre pronto para vir ao "Jesu". Depois, cansa-se de estar na Igreja. Nada que um carinho, uma chamada de atenção, um colito, não resolvam...
O momento em que mais se enerva é na Comunhão. Vai com os pais e estende as mãozitas, que a mãe se apressa a retirar. Põe uma carita muito triste, bate com o pezito no chão, não é fácil... Por mais que tentem explicar-lhe.
Ao fim da Missa, dirige-se à sacristia, ele à frente e os pais atrás, de mãozita estendida. Se estou a conversar com alguém e não me apercebo, puxa-me pela roupa. Dou-lhe uma partícula que ele acolhe com imensa satisfação. "Como se diz?", sussurra-lhe a mãe. "bigado."
Há dias, depois do "bigado", puxa-me pelo casaco, estica-se na ponta dos pezitos e diz-me baixinho: " Mi gota di tu."
Há momentos que valem um dia.
Obrigado, pequenino-grande amigo! No teu gesto, senti a bondade bela do nosso Deus que nos envolve, nos fala e nos aquece a vida.
Há alguns domingos que não aparecem. Motivos familiares levam-nos a debandar, aos fins de semana, para a terra de origem. Mas sinto saudades. Se sinto!

No blog: Asas da Montanha

20.10.07

As melhores sementes!

Fiquem-se com esta linda história de sementes com o lema “ Para lidar consigo mesmo, use a cabeça. Para lidar com os outros use o coração
Texto de Karl Rahner , Imagens: Google e Getty Images e Autor do slide: Carminha





Um empresário agricultor, de pouco estudo, participava todos os anos da principal feira de agricultura da sua cidade.
O que acontecia de mais extraordinário é que ele sempre ganhava, ano após ano, o troféu: MILHO DO ANO.
Entrava com seu milho na feira e saía com a faixa azul recobrindo seu peito.
O seu milho era cada vez melhor.


Em uma ocasião dessas, um repórter do jornal abordou o empresário após tradicional colocação da faixa de campeão!

Ele ficara muito intrigado com a revelação do empresário de como ele costumava cultivar seu qualificado e valioso produto.
O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava boa parte das melhores sementes da sua plantação de milho com os seus vizinhos.






- Como pode o senhor compartilhar suas melhores sementes com seus vizinhos, quando eles estão competindo directamente com o senhor?
O fazendeiro respondeu:
- Você não sabe? É simples.


O vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo para campo.
Se meus vizinhos cultivarem milho inferior ao meu, a polinização degradará continuamente a qualidade do meu milho.
Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudá-los a cultivar o melhor milho, cedendo a eles as melhores sementes.





MORAL DA HISTÓRIA:


Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz.
Aqueles que querem viver bem têm de ajudar os outros para que vivam bem.
Aqueles que querem ser felizes têm de ajudar os outros a encontrar a felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.



Você já parou para pensar que todos nós somos importantes uns para os outros e que para vivermos bem nós dependemos uns dos outros?
Espero que você também consiga ajudar seus vizinhos a cultivar cada vez mais as melhores sementes, os melhores milhos e as melhores amizades.







No blog: Pdivulg

6.10.07

Lenin revisitado em versão neoliberal de fachada socialista



"Justiça social (3)
A revisão do regime de benefícios fiscais para os deficientes diminuirá também em muito o incentivo à fraude fiscal que o anterior regime constituía.
De facto, para um titular de altos rendimentos era uma tentação conseguir uma declaração de deficiência (fictícia), porque permitia reduzir o IRS em pelo menos metade!"


Este post é revelador de uma realidade que eu não pensava que fosse tão atroz. É a mesma lógica que fazia Lenin dizer que valia a pena matar mil inocentes desde que fosse possível matar também um reaccionário. A falta de equilíbrio e de sensibilidade social deste post são reveladores da ética do anti-clericalismo.

No blog: Timshel


Pega de caras

O senhor ministro da Economia não comenta o aumento do desemprego em Agosto. Sempre lestos a falar de sucessos, a nossa política não sabe lidar com o fracasso. Apenas na arena da piada ou do escárnio. Eu por mim preferia ministros, políticos, que pegassem os problemas de caras, e não andassem ao sabor dos humores dos números.

No blog: Cibertúlia

2.10.07

O tempo imparável...


Enviaram-me por Email este quadro, que é impressionante.
Cliquem onde diz NOW e vejam com o passar dos segundos o número de pessoas infectadas com sida, o número de abortos...

Vale a pena parar e ver o tempo que passa e pensar nestes números, que por de trás de cada um há ou houve uma pessoa um ser humano e que muitos deles sofrem...






No blog: Pdivulg

22.9.07

Este senhor não pára de agredir...

As novas regras impostas pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, aos padres dos hospitais ultrapassam as marcas do ridículo.

"Limitar a assistência espiritual nos hospitais não constitui um condicionamento da liberdade religiosa. Constitui, antes de mais e acima de tudo, um estrangulamento da liberdade humana.

Obrigar a que seja o doente a requisitar (e logo por escrito!) a presença do padre é uma medida que esconde (ou talvez não) o que está em causa: a limitação de uma presença. Se o doente está inconsciente, como é que vai escrever? Se o doente não sabe ou não está em condições de escrever, como é que vai redigir o pedido?

Depois, restringir a presença do sacerdote à hora das visitas é, simplesmente, não perceber o que é a assistência espiritual. Passará pela cabeça de alguém circunscrever a presença do médico à hora das visitas?"
http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/

«O documento que recebemos tem aspectos ridículos e só pode ter sido feito por uma pessoa que não percebe nada do que se passa nos hospitais nesta matéria», disse ao SOL D. Carlos Azevedo, secretário da Conferência Episcopal.
In Sol

- Que as estradas portuguesas estejam hoje transformadas em maternidades, pouco diz a Correia de Campos...
- Que um doente continue a esperar tempos infindos por uma intervenção cirúrgica, parece nada dizer a Correia de Campos...
- Que a saúde esteja cada vez mais cara, menos acessível e menos comparticipada, parece nada importunar Correia de Campos...
- Que uma mulher queira fazer um aborto e tenha tudo de graça, enquanto alguém que sofre um enfarte tenha que pagar, isso não incomoda Correia de Campos...
- Mas que os padres entrem nos hospitais e possam livremente atender quem deles precisa, isso incomoda Correia de Campos!!!

E Sócrates? Não é ele o grande responsável por esta situação de afrontamento à saúde, liberdade e justiça?
Ele é que é o chefe do Governo!!!

Texto colhido no blog Asas da montanha

21.9.07

Vale a pena ler


Nossa Senhora de Xexan, auxiliadora dos cristãos, Rogai por nós!

de Aloysius Jin Luxian
bispo de Xangai

O bispo Aloysius Jin Luxian
A Carta Pastoral do Papa dirigida à Igreja na China, objeto de preocupação dos fiéis do mundo inteiro, aguardada pelos fiéis de toda a China, finalmente foi publicada em 30 de junho. Agradecemos pela graça do Senhor!
Depois da publicação, alguns amigos me transmitiram o texto em chinês. Li duas vezes com muita atenção e fiquei muito comovido. Depois de recebê-la, fui até minha pequena capela e a meditei no coração. Amém, aleluia! Em seguida, com os sacerdotes, estudei o documento. Agora, gostaria de compartilhar com todos vocês minha primeira compreensão.
Como pastor universal, com espírito de pai espiritual e misericordioso, com serenidade e calma, baseando-se na Sagrada Escritura, nos documentos do Concílio Vaticano II, no Código de Direito Canônico e no ensinamento do falecido papa João Paulo II a respeito da China, o Papa nos expõe de maneira clara e simples a natureza, a missão, a tarefa e a organização da Igreja de Cristo. Ele me faz sentir como se estivesse numa grande aula de eclesiologia, me faz amar ainda mais a nossa Igreja, e me concede a determinação para dar um passo a mais em minha tarefa como bispo local, para que se realize logo a esperança e o empenho de Jesus por “um só pastor e um só aprisco”.
A Carta Pastoral do Papa é dirigida à Igreja Católica na República Popular da China. Essa Igreja Católica que vive na República Popular da China é apenas uma, não existem duas, não existe uma parte clandestina e uma parte oficial. Toda a Igreja que vive na China crê unanimemente na Igreja una, santa, católica e apostólica. Temos juntos um só pastor, vivemos juntos num só aprisco. O Papa exprime tudo isso de maneira clara e sem ambigüidades. Neste ponto, gostaria de me dirigir aos amigos do exterior, que se preocupam com nossa Igreja: peço-lhes que estejam unidos ao Papa, que não falem mais da nossa Igreja como se fossem duas Igrejas, apoiando uma e negando a outra, fixando em nossa cabeça etiquetas como “fiéis” e “não fiéis”, “oficiais” e “não oficiais”.
A Santa Sé compreende perfeitamente as circunstâncias do passado e do presente da nossa Igreja, interessa-se pelo que nos espera no futuro e pelas situações de hoje. Como pastor universal, a visão do Papa é naturalmente dirigida para o que está adiante, e não se detém no passado. Para nós, as circunstâncias de ontem pertencem ao passado; para o Pai Eterno, não é assim, todas as nossas palavras e todas as nossas ações existem para sempre diante d’Ele. Não podem ser apagadas. O prêmio de Deus supera infinitamente nossos méritos e nossas esperanças.
A Igreja na China é apenas uma. Irmãos e irmãs, juntos navegamos, juntos vivemos em harmonia e em alegria. Essa é a esperança mais cara ao Papa.
Mas o Papa também escreve, com sobriedade, em sua Carta Pastoral: “Estas indicações, que se referem à própria natureza da Igreja universal, têm um significado particular para a Igreja que está na China. Com efeito, não vos passam despercebidos os problemas que ela está enfrentando para superar – em seu interior e em suas relações com a sociedade civil chinesa – tensões, divisões e recriminações”. Assim, o Papa sublinha a necessidade do perdão e da reconciliação, e diz: “Este caminho não poderá realizar-se de um dia para o outro”.
Nossa diocese de Xangai lutará com todo o coração, com toda a energia e sem se cansar para realizar o mais cedo possível a esperança do Papa.
A Igreja fora da China, em todos os países e em alguns territórios, conta com organismos como as conferências episcopais ou as assembléias dos bispos. A situação da China é diferente do normal. Há vinte anos, a Igreja em Taiwan organizava uma conferência episcopal denominando-a Conferência Episcopal da Igreja na China. O Papa anterior indicou a eles que esse nome não era correto, pois seus membros eram apenas os poucos bispos ordinários da ilha de Taiwan. Era preciso retificar o nome. O Papa indicou a eles que não podiam se chamar Conferência Episcopal da Igreja na China, mas, sim, Conferência Episcopal de Taiwan. Os bispos de Taiwan, com alegria, aceitaram a indicação do Papa e mudaram o nome.
Certa vez, alguns bispos clandestinos da China constituíram uma Conferência Episcopal Chinesa, enviando um relatório a Roma para que fosse aprovada. Roma não a aprovou. A razão era muito simples: essa organização não incluía os bispos “públicos”.
A conferência episcopal “pública” foi fundada há mais de dez anos. Naturalmente, não se enviou um relatório a Roma. E, sem relatório, como poderia ser aprovada? Uma conferência episcopal nacional deve ter como membros todos os bispos do país, e, só depois que seu nome for correspondente à realidade, ela se torna uma conferência episcopal nacional. Faço votos de que isso aconteça logo.
A Carta Pastoral adverte: “A pretensão de alguns organismos, queridos pelo Estado e alheios à estrutura da Igreja, de se colocarem acima dos próprios bispos e de dirigirem a vida da comunidade eclesial não corresponde à doutrina católica”. Evidentemente, o Papa faz alusão à Associação Patriótica. A Associação Patriótica foi fundada há cinqüenta anos. Esta é a primeira vez em que a Santa Sé revela sua posição. A seus olhos, a Associação Patriótica tem três conotações: em primeiro lugar, é fundada pelo governo; em segundo, é estranha à estrutura da Igreja; em terceiro, põe-se acima dos bispos para guiar a Igreja. Eu fui bispo de Xangai durante quase vinte anos. A Associação Patriótica em Xangai nunca se pôs acima de mim; pelo contrário, aceitou minhas diretrizes. No início do século XX, Xangai tinha uma organização da Ação Católica. Entre seus membros, havia personagens eminentes como Lu Baihong, Zhu Zhiyao e outros. Por sua ajuda na evangelização, o Vaticano os homenageou com condecorações. Eles escreveram uma página gloriosa na história da diocese de Xangai. Serviram até como ponte entre a diocese e o governo, solucionaram problemas que os missionários estrangeiros não podiam resolver. Eu sempre espero que os católicos da diocese de Xangai continuem no espírito da Ação Católica, desenvolvendo o espírito que os leigos devem ter. Eu digo freqüentemente: “O século presente será o tempo dos leigos; eu alimento uma grande esperança a respeito dos amigos maduros de Xangai”.
Gostaria de fazer uma observação sobre a segunda parte da Carta do Papa, que indica as normas da vida pastoral.
Por mais que a diocese de Xangai venha há vinte anos desenvolvendo sua Igreja segundo o espírito do Evangelho, do Código de Direito Canônico e dos documentos do Concílio Vaticano II, no momento presente devemos nos sentar para refletir e encontrar o que falta, e para tomar as medidas necessárias para no futuro poder cuidar ainda melhor da diocese e das paróquias.
As edições em língua chinesa e inglesa da Carta do Santo Padre Bento XVI aos bispos, aos presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China, publicada em 30 de junho de 2007
A Carta Pastoral sublinha o trabalho de formação feito no seminário. Ele é realmente muito importante. Penso que o Papa possa ser consolação o fato de termos criado um seminário na diocese de Xangai, em Xexan. Era o primeiro seminário a ser aberto depois da reforma e da abertura da China. A diocese de Xangai superou todo tipo de dificuldade, como a falta de livros e de professores, a escassez de recursos. Ao longo dos anos, foram formados mais de quatrocentos jovens sacerdotes. Nesta ocasião, gostaria de expressar minha profunda gratidão aos irmãos da Igreja na Alemanha, na Áustria e em outros países, que apoiaram generosamente o seminário de Xexan, e de modo especial à Sociedade de Maryknoll, à Sociedade do Verbo Divino, à Congregação do Coração Imaculado de Maria, à Ordem dos Dominicanos, à Sociedade dos Salesianos, à Sociedade de São Columbano, à Sociedade de Jesus. Peço a vocês que rezem por eles e que roguem a Deus que lhes dê o cêntuplo como recompensa.
O último parágrafo da Carta Pastoral me faz experimentar uma grande alegria e consolação. O Papa decide que a festa anual de Nossa Senhora de Xexan, a Auxiliadora dos Cristãos, no dia 24 de maio, será uma festa de oração de toda a Igreja do mundo pela Igreja na China. Penso que os fiéis de Xangai ficarão muito contentes quando ouvirem essa boa notícia. Obrigado, Santo Padre.
Para a diocese de Xangai, essa é uma honra muito grande, e ao mesmo tempo uma obrigação muito importante. Em primeiro lugar, devemos venerar Nossa Senhora com um fervor extraordinário, devemos imitar Nossa Senhora, esforçando-nos para ser seus filhos e filhas, e dando um exemplo aos outros católicos. Em segundo lugar, uma vez que certamente muitos fiéis irão em peregrinação a Xexan, nós, católicos de Xangai, devemos nos preparar adequadamente, ser hospedeiros acolhedores, para que os fiéis chineses e estrangeiros possam ver em nós a glória do amor divino, chegando de boa vontade e voltando cheios de contentamento.
Enfim, a Carta Pastoral do Papa sublinha a função do bispo, falando das obrigações do bispo como ponto essencial. Eu me sinto agitado e com medo. Já tenho 92 anos. O Papa nos lembra a palavra do apóstolo São Paulo: a vida é Cristo e a morte, uma bênção. Peço a todos que rezem a Deus por mim, a fim de que possa realmente viver Cristo e obter finalmente a felicidade de uma morte em paz. Amém.





Aloysius Jin Luxian
O jesuíta Aloysius Jin Luxian nasceu 92 anos atrás em um vilarejo cristão nos subúrbios de Xangai. Em 8 de setembro de 1955 foi preso transcorrendo mais de vinte anos no cárcere e depois em regime de liberdade condicional. Em 1985 aceitou tornar-se bispo de Xangai com a aprovação do governo, mas sem o reconhecimento por parte do Papa. Em 2005 foi o próprio Jin o “articulador” da ordenação do seu sucessor in pectore José Xing Wenzhi, nomeado pelo Papa, “eleito” pela diocese, aprovado pelo governo. Uma operação cujos resultados chegaram também para o seu episcopado com a legitimação canônica do Papa, que mais tarde também convidou-o para vir a Roma – sem sucesso – para participar do Sínodo da Eucaristia.

Visto em Nossa Senhora de Xexan

Oração de Gandhi


Quando nos aproximamos de escritos de pessoas ilustres fora do cristianismo, deparamos muitas vezes com surpresas belas e admiráveis, como esta oração de Mahatma Gandhi:


"Senhor, ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
Se me dás fortuna, não me tires a razão. Se me dás sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda. Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.
Ensina-me a amar os outros como a mim mesmo.
Não deixes que me torne orgulhoso, se triunfo; nem cair em desespero se fracasso.
Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de baixeza.
Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para desculpar-me. E se as pessoas me ofenderem, dá-me grandeza para perdoar-lhes.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim."

Gandhi, Mártir da violência pacífica pede coragem para dizer a verdade, sem medo diante dos poderosos e para não dizer mentiras, não ser demagogo, para conquistar o voto dos fracos.
Os poderosos, muitas vezes incutem medo intimidando os mais simples.
Outro perigo enorme é a fortuna sem senso. O dinheiro enlouquece e anula o raciocínio equilibrado. Quanta gente tresloucada pela riqueza!
Para as horas de sucesso Gandhi pede humildade, e não vanglória ou vaidade.
"Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda".
Quantas vezes julgamos injustamente os outros porque não procuramos ver o lado inocente dos outros.
Perdoar é uma grandeza. E a vingança é vergonhosa baixeza, cobarde e expressão do ódio.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim!
Padre Mário Salgueirinho

20.9.07

A Fé e a Ciência

Como já aqui contei à pouco tempo, li este verão um livro bem interessante sobre este binómio Fé versus Ciência. (A fórmula de Deus).
Hoje relato aqui uma historieta sobre um episódio verídico ocorrido em 1892:

Um senhor de 70 anos viajava de comboio tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia um livro de ciências. O idoso, por sua vez, lia um livro de capa preta.
Quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, aberta no livro de Marcos, sem muita cerimónia interrompeu a leitura do velho perguntando:
- O senhor ainda acredita nesse livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim acredito. Mas não é um livro de crendices, é a Palavra de Deus! Estou errado?
- Claro que está! – Respondeu o jovem – Creio que o senhor deveria estudar mais a história Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus criou o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os cientistas dizem sobre isso.
- É mesmo? E o que dizem os cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, – respondeu o universitário – vou descer na próxima estação, mas dê-me o seu cartão que eu mando-lhe muita literatura pelo correio.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do casaco e deu o cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito saiu cabisbaixo se sentindo pior que uma formiga. O cartão dizia:
"Louis Pasteur, Director do Instituto de Pesquisas Científicas da École Normale de Paris".


No blog: Pdivulg

14.9.07

TESTEMUNHO EM ERFURT: DISSE A QUE VIM!






"As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coracäo sejam agradáveis na tua presenca SEnhor, rocha minha e redentor meu!" Sl 19.14

Voces nao podem imaginar a minha alegria e o meu amor para com os meus semelhantes, ao poder dar o meu testemunho de fé, no domingo passado, domingo de ceia, igreja lotada, na Igreja FREIE EVANGELISCHE GEMEINDE ERFURT, contando com a graca e a misericórdia de Deus, a interpretacao da PETRA, grande amiga alemä que fala portugues e que traduziu com perfeicäo.

(Deus tem um tempo e um plano determinado para cada um de nós!!!)

Igreja quieta, . O povo nao se mexia, ouvindo com atencäo.

Uma coisa é certa. Eu estou sempre preparada para falar das maravilhas de JESUS. Que ele cura o físico, salva o perdido, restaura, santifica o pecador após o seu arrependimento, acrescenta fé nas nossas vidas, nos dá refrigério, alivia o cansado de alma, livra o oprimido e ainda cura a alma dos que estäo emocionalmente doentes.

Claro que com Ele näo existe troca ou qualquer barganha. Isto nao vai funcionar.

Devemos entregar Ele, o que temos de mais precioso para nós, a vida em si, e entäo transitar livremente em sua companhia.

Uma coisa aprendo um pouquinho mais cada dia aqui na Alemanha. Vivemos no mundo, mas nao somos do mundo. Fazemos parte de um mundo diferente e por isso devemos fazer muita diferenca neste mundo em que vivemos. Mostremos mais amor, compreensäo, carinho, ternura, um sorriso, uma ajuda, um consolo, um afeto e tudo a nossa volta vai florescer vicosamente.

ESte povo precisa de amor, afeto que foi perdido anos atrás. Vivem sós e taciturnos, cheios de si e sem humildade. Näo pedem desculpas nem com licenca. Mas uma coisa eles väo ter de saber:

JESUS CRISTO VIVE, ELE É O MESMO ONTEM; HOJE; E AMANHÄ; E TAMBÉM ESTÁ AQUi ENTRE NÓS NA ALEMANHA! porque na sua onisciencia ele atua em todos os lugares e áreas.

Até!!!!!!!!!!!!!!!

No blog:
O Senhor é a minha força

12.9.07

De rabo para o ar

Fazia-se silêncio. Uns para me ouvir e outros para descansar da noite mal dormida. Os olhos na direcção do ambão, na minha direcção. Eu falava, falava, pregava. Já lá iam uns bons cinco minutos. A coxia estava desimpedida, como é normal. O fundo da Igreja repleto. Os bancos cheios. Mas tudo em silêncio. Agora imaginem o que é avistar, no meio deste cenário e deste silêncio, uma senhora dos seus setenta anos ajoelhar-se a meio e no meio da coxia depois de descalçar o chinelo para tentar acertar numa lagartixa que teimava em ouvir a homilia e que não sossegava, ao contrário das pessoas, percorrendo os espaços livres que lhe deixavam! E vai uma chinelada. E vai outra. Como a lagartixa insistia em fugir, a senhora coloca-se de gatas, rabo para o ar, e toca de gatinhar atrás da lagartixa batendo e batendo com o chinelo nas pedras da coxia. Do meio da coxia quase chegava ao cimo, nunca se perturbando com o aparato da situação. Parei. Poisei os olhos sobre ela. Poisámos todos. O silêncio trocou-se pelas gargalhadas. Tapei a boca para controlar as minhas. Não era possível. A lagartixa havia escapado. Entretanto, a senhora levanta a cabeça para mim à espera que eu aprove, compreenda e perdoe a posição de rabo para o ar. Pedi-lhe para acalmar. Pedi a todos. Mas foi difícil prosseguir a homilia, pois no meio da Palavra de Deus teimava em aparecer-me aquele rabo virado para o ar. São aquelas situações que nos fazem recordar o humor de Deus!

9.9.07

A propósito da inquietude...

Tenho reparado neste recomeçar uma certa inquietude que domina alguns acerca do celibato em muitos espaços na blogoesfera.

Há como que uma determinação hostil (que me parece não ser honesta) na forma como se coloca a questão. Ao longo dos próximos dias partilharei convosco aquilo que penso.
Procurarei fazê-lo não para ser polémico (olhando o que se diz e escreve como quem vê as coisas da varanda e apenas lança mais barulho para a confusão) mas a partir da minha experiência pessoal crente, livre e feliz do ministério presbiteral que a Igreja me concedeu e confiou e que eu responsavelmente vou procurando viver em cada dia.

Faço-o na convicção da fé pois, como dizia um dos meus mestres, é preciso distinguir para não confundir...e parece-me que a questão acerca do celibato não pode ser abordada como uma questão de consensos, democracias ou, se preferirem numa linguagem mais simples, uma questão do "a alguns dava jeito" ou "assim teriamos mais padres"...ou pior ainda "assim a Igreja era mais fiel ao projecto de Deus".

A seriedade e serenidade que nos merece a questão deve suscitar também a humildade e honestidade da reflexão.

No blog: No coração de Deus

7.9.07

Gostava de ser rico?

Se houvesse um inquérito com esta pergunta: "Gostava de ser rico?", todos imaginamos qual seria o resultado do referido inquérito. O desejo de ser rico existe no coração de todos os homens, sendo muito poucos aqueles que conseguem ter verdadeiro domínio sobre ele. Dos restantes, que são a maioria, um pequeno número vê realizados os seus sonhos, ao passo que a enorme multidão se queda pela dura e difícil realidade da vida. Mas há, em tudo isto, coisas que nos incomodam.

Acontece em Portugal que cem pessoas são detentoras de quase um quarto de toda a riqueza nacional. Há por aí fortunas que se medem não em milhões de euros, mas em milhares de milhão...

Ao tesmo tempo, no mesmo Portugal, temos centenas de milhar de pessoas, de norte a sul do país, que vivem muito abaixo do limiar da pobreza...

Porque é que uns hão-de ter tudo, enquanto outros vivem na miséria?


Sabemos que os bens foram concedidos por Deus à humanidade, e que alguns se assenhorearam deles como se não fossem de todos.

Penso que a sociedade deve arranjar instrumentos legais que permitam uma mais equitativa partilha dos bens, de modo que (embora continue a haver ricos) todos tenham o necessário para uma vida digna. Porque o verdadeiro problema é o da dignidade humana que, em muitos casos, é calcada aos pés do imperialismo do dinheiro.

Que ao menos nunca percamos o "directo à indignação" e ao protesto adequado e oportuno.


No blog: Asas da Montanha

5.9.07

Pensamentos Inesquecíveis


Recebido por e-mail – Vida Iluminada
Formatado por Beth Pedone







"Fiz um acordo de coexistência
pacífica com o tempo:
nem ele me persegue, nem eu fujo dele,
um dia a gente se encontra" (Mário Lago)







"Nunca ande pelo caminho traçado,
pois ele conduz somente até
onde os outros foram." (Grahan Bell)








"Muitas pessoas perdem
as pequenas alegrias enquanto
aguardam a grande felicidade.“
(Pearl S. Buck)







"A vida só pode ser compreendida
olhando-se para trás;
mas só pode ser vivida
olhando-se para a frente."
(Soren Kierkegaard)








"Você não pode ensinar nada a um homem;
você pode apenas ajudá-lo
a encontrar a resposta dentro dele mesmo."(Galileu Galilei)







A verdadeira filosofia
é reaprender a ver o mundo.
(Merleau-Ponty )







" Me ame quando eu menos merecer,
pois é quando eu mais preciso"
(Provérbio chinês")

No blog:Pdivulg O que é?

URGÊNCIAS MAIS LONGE, MORTE MAIS PERTO

Há estudos que se dispensam. Porque a percepção da realidade é, já por si, suficientemente reveladora e soberanamente eloquente. Mas também é verdade que, por vezes, estamos mais atentos a estudos do que à realidade. Por isso, sejam bem-vindos.
Um desses estudos, realizados na Inglaterra e hoje divulgado, diz que a distância das Urgências faz aumentar a mortalidade. É quase a la Palisse. Será que só os nossos governantes não compreendem?
Se uma pessoa tem um AVC, necessitando de uma intervenção imediata, que hipótese de cura terá se estiver a mais de uma hora de distância de um serviço?
Será que nos resta gritar?

No blog: Theosfera

28.8.07

A factura

Nos últimos vinte anos, acompanhando o dinheiro da União Europeia que veio dos países predominantemente protestantes do Norte da Europa, foi chegando a Portugal também a factura - mais acentuadamente na última década.


Esta factura tem assumido a forma de uma invasão gradual e subtil em Portugal dos valores prevalecentes nesses países predominantemente protestantes e que, em certos casos, contrastam de forma marcante com a cultura tradicionalmente católica da sociedade portuguesa.

Assim: a desvalorização da autoridade, a despersonalização das relações sociais, a estandardização dos modos de viver, o relativismo moral, a supremacia esmagadora do colectivo sobre o indivíduo, a depreciação do fenómeno religioso, a ideologia da liberdade.

Eu não estou nada certo que a sociedade portuguesa vá absorver tudo isto, sem rechaçar a maior parte. Para já, os sinais da crise e da desorientação são evidentes na educação, na justiça, na família, no estado e numa economia que não consegue sair da recessão há mais de seis anos.

No blog:Portugal contemporâneo

14.8.07

a porta



Quanto mais fé temos, mais temos que prová-la? Quanto mais temos que provar, mais somos caridade, mais temos que desculpar, aquiescer, suportar e assim vamos tomando por inteiro a Cruz.

Jesus foi explícito: “Se queres, toma a tua cruz e segue-me.”

De princípio, vamos indo e de ‘boa fé’. Admirados com Jesus, com a doutrina, enlevados na Sua Pessoa e Palavra, sentindo-nos uns privilegiados; escolhidos, separados. Temos mil e uma promessas – para nós e para dar. Um Reino de justiça e paz.

Vamos levando, quase esquecidos de que antes, é a cruz – até às últimas consequências e fim.
Já não vamos a tempo de olhar para trás. Já a poeira do caminho nos tolda os olhos, o deserto nos seca a boca e o sofrimento sulca-nos a pele e nos imprime na fronte o Seu nome. Não sabemos outro… e embora assim, na hora amarga não queremos. Não O conhecemos mais, negamo-Lo. – Onde estás Senhor? A que viemos, que sentido faz?

A cruz toma o Seu lugar, aumenta na medida em que avançamos meio passo e damo-nos conta da responsabilidade que nos vai pesando. Esquecemos : «Não temais!». Não podemos, não sabemos mais ensoberbecer, irritar, ser-se magnânimo, se somos a própria cruz, se a temos cravada na carne! É ela a porta…

Derrubamos o cálice, enterramos as mãos na cara, caímos no chão chorando e suplicamos: caridade, Senhor!

A nossa capacidade vem de Deus. O Deus esquecido, desconhecido, do longínquo passado, vem e faz-Se febre em nós, ardendo-nos o corpo e a alma, no delírio de um sonho, do qual, ninguém acorda mais sem que contudo haja que fenecer.

3.8.07

O testemunho dos cristãos coreanos




A Coreia tem dado grandes lições de perseverança na Fé. Tudo começou com o interesse pelo Cristianismo por parte de um grupo de letrados que ao lerem o livro do missionário Mateus Ricci com o título "O verdadeiro sentido de Deus", tiveram a iniciativa de encarregar o filho do embaixador coreano na China, na busca das riquezas de Jesus Cristo. Yi Sung-Hun dirigiu-se ao bispo de Pequim que o catequizou e baptizou, entrando por aí a Boa Nova na Coreia. Pois foi este jovem leigo cristão que começou a evangelização cristã naquele país.
Várias vezes solicitaram do bispo de Pequim o envio de sacerdotes, a fim de organizarem a Igreja. Roma, porém, vivia tempos difíceis sofrendo a prepotência de Napoleão. Por isso, somente a Igreja pôde ouvir os apelos dos cristãos coreanos, trinta anos depois, quando muitos já tinham sido martirizados, entre os quais 103 mártires que foram canonizados pelo Papa João Paulo II, na sua visita a Seul em Maio de 1984.

Agora a Agência “AsiaNews” noticiou o próximo início do processo de beatificação de 36 monges beneditinos martirizados em cadeias e campos de trabalho forçado do regime comunista na Coreia do Norte. Eles preferiram morrer a renunciar à fé católica, entre 1949 e 1952. No cativeiro, eles administravam os sacramentos, pregavam e mantinham alta a esperança dos demais prisioneiros. O grupo de mártires foi liderado pelo Bispo-Abade Bonifácio Sauer e pelo Pe. Benedito Kim.

Até ao presente, a perseguição comunista norte-coreana vitimou muitos milhares de cristãos. Mesmo assim há muita gente que prefere morrer a renegar a sua Fé.


À data da canonização, 1984, esta nação contava com 1.4000.000 católicos, 14 dioceses, 1.200 sacerdotes, 3.500 religiosos e 4.500 catequistas, atestando mais uma vez a frase de Tertuliano:
"O sangue dos mártires é sangue de novos cristãos!"


Nota final: Os vinte e três reféns sul-coreanos, incluindo 18 mulheres, todos voluntários da Igreja evangélica de Saemmul, são um novo testemunho da Fé cristã da Coreia.
Dois já foram mortos. Rezemos pela libertação dos restantes.



No blog: Ver para crer

1.8.07

Espiritualidade das Catacumbas


(2ª parte)

Espiritualidade sacramental

A espiritualidade das catacumbas é também sacramental. O mundo exterior da matéria entra, nos sacramentos cristãos, como sinal e como instrumento, realizando a redenção e a salvação do homem: Batismo e Eucaristia.Em nenhum outro cemitério encontram-se tantas representações sacramentais como as que encontramos nos Cubículos dos Sacramentos em São Calisto. Acenemos aos Sacramentos dos quais existe uma documentação maior.



BATISMO.


Não estamos ainda no tempo em que serão erigidos edifícios esplêndidos para honrar esse Sacramento (p. ex. o Batistério do Latrão). O Batismo ainda era conferido nas domus Ecclesiae, as casas de família, e não raramente em segredo. A grandeza do sacramento, porém, era conhecida. Paulo havia falado dele com termos grandiosos justamente na Carta aos Romanos (c. 6). Os cristãos sabiam que através do rito batismal, o homem morre e ressurge misticamente com Cristo, e é associado à vida divina pela eficácia desses atos redentores.Uma das mais antigas pinturas nos assim chamados Cubículos dos Sacramentos, em São Calisto (foto acima), mostra-nos o Batismo. Diante de um espelho d'água, senta-se um pescador que, com o seu anzol, tira um peixe para fora: agrada-nos ver nesse personagem um apóstolo, que obedece ao mandamento de Jesus: "Segui-me; eu vos farei pescadores de homens" (Mc 1,17).Muitos cristãos, "alcançados por Cristo" (Fl 3,12) após angustiantes experiências interiores, sentiam que o momento do Batismo marcara o início de uma vida nova. De aqui o nome que se lê numa lápide da tricora de São Calisto, nome que depois tornou-se tão comum na Cristandade: "Renatus": "Nasci de novo!".


EUCARISTIA.


E eis-nos diante da jóia destas Capelas: a trilogia eucarística.No afresco, os cristãos reunidos à mesa eucarística são sete, como os discípulos reunidos ao redor de Jesus ressuscitado às margens do lago; nos pratos diante deles está o peixe: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador. Na cena à esquerda, o sacerdote estende as mãos sobre uma pequena mesa onde está o pão eucarístico: referência clara ao ato de consagração reservado aos ministros; do outro lado da mesa, um orante com os braços elevados recorda-nos que, para ir para o céu, é preciso nutrir-se daquele pão consagrado (a Eucaristia).O terceiro quadro, à direita, é claro a quem se lembra das palavras do hino de Santo Tomás: "In figuris praesignatur cum Isaac immolatur": "Na imolação de Isaac é prefigurado o sacrifício de Cristo".Não podemos deixar de lado uma representação, preciosa pela sua antigüidade e pelo seu grande valor pastoral. Na Cripta de Lucina, datada do séc. 2º, na parede diante da entrada, estão representados simetricamente dois peixes, diante dos quais estão colocados dois cestos cheios de pães (foto acima). Entrevêem-se nos cestos duas taças de vinho. O peixe é Cristo; pão e vinho são as espécies sob as quais Ele se faz presente na Eucaristia.Estamos nas fontes da cristandade. O cristão antigo, consciente de que "não existe sob o céu outro nome dado aos homens, no qual possam ser salvos, senão o de Cristo" (At 4,14), sabe que só pode ser associado a Cristo através dos Sacramentos instituídos por Ele com essa finalidade.

A Espiritualidade das Catacumbas



(1ª Parte)

Parecia ao desconhecido cristão dos primeiros tempos, que peregrinava na vasta necrópole calistiana, ter entrado na mística Jerusalém, na cidade que se tornara púrpura pelo sangue dos mártires e refulgente da sua glória. Ao sair, ele gravou de forma elegante, numa parede, estas palavras que ainda hoje podem ser lidas: "JERUSALEM CIVITAS ET ORNAMENTUM MARTYRUM DEI...": "Jerusalém, cidade e ornamento dos mártires de Deus".O peregrino de hoje, igualmente, entrevê nas catacumbas com espírito comovido o segredo íntimo da espiritualidade daqueles pontífices mártires, daquelas virgens e daquela inumerável multidão de desconhecidos cristãos.As inscrições e pinturas, supérstites a tantas devastações e depredações, revelam esse segredo, ao menos em parte, e ainda repetem as palavras de um antigo epitáfio cristão: "Tàuta o bìos": "Esta é a nossa vida".
A espiritualidade das catacumbas é a mesma da Igreja primitiva em sua juventude de conquistas e de martírio. Nutrida pelo cerne das escrituras, simples e poderosa, ela é a irmã das mais antigas liturgias, e assim o visitante das catacumbas bebe nas fontes da espiritualidade cristã.São vários os aspectos dessa espiritualidade:

Espiritualidade cristocêntrica

Essa espiritualidade coloca Jesus Cristo como a figura dominante. Aquilo que o sagrado Coração de Jesus, quer dizer, o sinal da bondade de Cristo é para o católico de hoje, para o cristão antigo era o Bom Pastor. Entre as representações das catacumbas essa é a mais freqüente; está pintada nos tetos, entre ricas decorações floreais, gravada toscamente nas placas sepulcrais, modelada em relevo sobre os sarcófagos e, enfim, esculpida com grega elegância numa das mais antigas estátuas cristãs que se conheçam (séc. 4º, Museus Vaticanos).

O cordeiro que repousa sobre seus ombros, seguro com força pelas mãos do pastor é o cristão (ao lado foto da catacumba de São Calixto, sec. III, Roma). Tudo ao redor respira a atmosfera de confiança que fazia Paulo exclamar: "quem haverá de separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome?" (Rm 8,35). O Salvador é freqüentemente representado em ação no meio dos homens: nos baixos-relevos ou nas paredes vê-se Jesus que toca os olhos ao cego ou que faz Lázaro ressuscitar do túmulo, que multiplica os pães ou muda a água em vinho: é o Cristo que passa fazendo o bem.Vêm, depois, os símbolos. Talvez as representações mais significativas sejam aquelas em que Cristo aparece sob o véu de um símbolo. Antes de Constantino, quando a cruz era usada todos os dias como patíbulo de escravos e de estrangeiros, o cristão cobria piedosamente o seu aspecto repelente com alguns símbolos, como, por exemplo, a âncora e o peixe. Ao lado de Jesus, os cristãos das catacumbas gostaram de representar, com afeto filial, a sua Virgem Mãe. Já nos inícios do séc. 3º, nas Catacumbas de Priscila, a figura suave de Maria, que segura Jesus junto ao seio, enquanto o profeta Balaão indica a estrela que resplende acima de sua cabeça. E ainda a Virgem que mantém o Filho nos braços, enquanto os Magos aproximam-se para oferecer os seus presentes. A adoração dos Magos é repetida nas várias catacumbas em pinturas, esculturas e outros objetos preciosos (reliquiários, marfins, pingentes, anéis).

--------------------------- Continua...

25.7.07

Concurso de misses


Na Rússia foi promovido um concurso fora do comum.
Nele se elegeu a gordinha mais bonita. E não faltaram candidatas belinhas.

Afinal elas também têm direito a mostrarem-se. E a serem apreciadas.

Veja a foto:




No blog: Caríssimos

18.7.07

Mário Soares - nomedado Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa

O Conselho de Ministros nomeou Mário Soares para presidir à Comissão de Liberdade Religiosa.

Como é do conhecimento geral dos portugueses, Mário Soares é agnóstico. Declarou-o numa entrevista conduzida pela revista Visão aquando da 1ª volta das últimas eleições presidenciais.

Não podia ficar mais pasmado com tal decisão:

1º Como pode um homem que NÃO ACREDITA num Deus de nenhuma religião, nem sequer se preocupa com essa problemática, passar a liderar uma comissão que trata de assuntos religiosos?

2º Como pode um homem que NÃO ACREDITA num Deus de nenhuma religião, insensível às questões religiosas, liderar uma comissão em que o diálogo inter-religioso é o cerne da questão?

Mediante tal cenário, só posso concluir:

1º Ou é uma forma do governo não querer dar importância às questões religiosas, tratando-as como se fossem todas as religiões o mesmo (incluíndo seitas e movimentos pentecostais), e assim nivelar todos pelo mesmo porque afinal são questões que não importam... (uma atitude constante neste governo que quer definitivamente meter a Igreja na sacristia dizendo-lhe que nada tem a ver com a sociedade!)...

2º Ou é apenas mais um "tacho" de favor político a custo dos nossos impostos... sim porque estas comissões são compostas por pessoas remuneradas... não vão para lá por gosto pela causa, como é evidente no caso deste senhor agnóstico Mário Soares.

Dá que pensar... afinal para onde vamos?



7.7.07

Os três monges de Tolstoi


Três monges russos viviam numa ilha distante. Nunca lá ia ninguém mas um dia o Bispo local decidiu fazer-lhes uma visita pastoral. Quando lá chegou, descobriu que os monges nem sabiam a oração que Jesus nos ensinou. Por isso, o Bispo passou todo o tempo e empenhou toda a sua energia a ensinar-lhes o "Pai Nosso" e foi-se embora, satisfeito com o seu trabalho pastoral. Mas quando o seu barco largou da ilha e se fez ao mar alto, ele reparou espantado que os três ermitas vinham ao sei encontro caminhando sobre a água - de facto eles corriam atrás do barco! Quando se aproximaram, gritaram:
- Reverendíssimo Padre, esquecemo-nos da oração que nos haveis ensinado.
O Bispo, espantado com o que via e ouvia disse:
- Mas, queridos irmãos, como é que vós rezais habitualmente?
- Bom, dizemos simplesmente "Querido Deus, nós somos três e Vós sois três, tende piedade de nós."
O Bispo, estarrecido com a santidade e simplicidade deles, disse:
- "Regressem à vossa ilha e vivam em Paz."

No blog: Só por Ti

6.7.07

Finalmente o verão chegou


Desejo-vos um bom fim de semana, e aproveitem para passear pela praia ou pelo campo.

Para aqueles que não puderem, como eu, pois tenho um fim de semana recheado de festas (lá se vai a minha dieta!) aqui ficam umas fotos magníficas de como é bela a natureza. Desconheço o autor das fotos.



No blog. Pdivulg