18.4.09

Desonestidades ateístas


Porque respeito e considero o ateísmo atitude séria, estranho esta campanha anticatólica, mascarada de ateísta.
Uma associação, que se intitula ateísta, tem-se manifestado contra a canonização de Nuno de Santa Maria e lamentado a presença do factor religioso em Portugal. Porque as intervenções rondam a desonestidade intelectual venho aqui combater afirmações deste pequeno grupo quase residual na sociedade portuguesa, mas, em virtude das suas posições extravagantes, valorizado na comunicação social.
Porque respeito e considero o ateísmo atitude séria, estranho esta campanha anticatólica, mascarada de ateísta. Afirmar que Nuno Álvares Pereira foi canonizado graças a um milagre que ridicularizam, é desonesto. A canonização de uma figura tem como razão primeira as virtudes fora do comum, vividas em grau heróico, que aqui são absolutamente claras: entrega total ao serviço da pátria, confiança absoluta em Deus, perdão, partilha, serviço aos pobres. A segunda prende-se com a fama de santidade, muito cedo demonstrada pelo povo, invocando o Santo Condestável . Só em terceiro lugar se atende, como confirmação, à ocorrência de um milagre, sinal sempre débil, como todos os sinais da presença de Deus. Só a fé constitui a luz para entender o que a razão médica não consegue explicar. Neste caso, nem seria necessário este terceiro elemento, dada a antiguidade da fama de santidade, que aqui não cabe explicar. Pretender ignorar este processo completo é desonestidade grave, além de alinhar na crítica destruidora das grandes figuras da identidade nacional.

É o mesmo anticatolicismo primário a motivar o desacordo com o facto de o Presidente da República integrar uma Comissão de Honra que promove comemorações destinadas a valorizar a dimensão nacional de Nuno Álvares Pereira. Mal seria se o representante da Nação estivesse ausente de facto tão relevante para a grande maioria da população, independentemente da sua posição pessoal.A identificação que a referida Associação faz entre religião e superstição é enganadora e velha. Pessoas com rigor intelectual não fazem equivaler formas degradadas de religião com verdadeira religião transformadora da sociedade, da qual tantos católicos e membros de várias religiões deram testemunho com o dom da própria vida. Denegrir toda a dimensão religiosa, meter tudo no mesmo saco para deitar abaixo é usar da mentira para a propaganda em curso. O grande crítico da falsa religião foi Jesus Cristo. Os que O seguem, como o Beato Nuno, não são super-homens ou super-mulheres, isentos de qualquer defeito. São porém, antes de mais, servidores do Deus vivo e inteiramente dados ao bem dos outros, em mil formas próprias da fidelidade a cada tempo.
D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa
Vito em Caros Amigos

1.4.09

O Programa ABC


Não deixa de ser patológica a obsessão pela defesa do preservativo. É este um estranho comportamento porque se sabe que o preservativo é falível como método de contracepção e, consequentemente, mais riscos corre quem o usa como protecção contra a Sida cujo vírus é 500 vezes menor do que o espermatozóide. Além disso não protege de outras doenças sexualmente transmissíveis como o papiloma humano cujo contágio se faz pelo contacto pele-pele…

Desde há 15 anos que no Haiti, Guiana, Vietname e em países africanos, especialmente no Uganda onde a experiência foi iniciada, a Sida está a ser debelada com assinalável êxito pelo Programa ABC: Abstinence, Be Faithful, Condon (Abstinência, Fidelidade, Preservativo).

Esta realidade mostra que debelar a pandemia da Sida e de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, mais do que a distribuição de preservativos, envolve a promoção de outro tipo de comportamentos, “politicamente incorrectos” porque lesivos de grandes interesses ideológicos e económicos internacionais promotores do “sexo seguro” mas, certamente, mais eficazes.

Entre as acções possíveis podem salientar-se:
Educar para uma sexualidade responsável que permita entender que o outro é um dom e não um descartável para usar e deitar fora;
Desenvolver políticas que evitem uma actividade sexual precoce dado que, na adolescência, a capacidade genital não anda associada a equivalente maturidade psíquica;
Promover a Família, a fidelidade conjugal e a relação monogâmica estável entre parceiros não infectados;
Ir contra-corrente de interesses ideológicos e económicos que pretendem fazer crer que o adolescente e o adulto têm de comportar-se como animais determinados pelo instinto cego e não como pessoas humanas capazes de ter afectos, de raciocinar, de respeitar a própria intimidade e a alheia, de agir como seres livres e responsáveis.
Deixar de promover paliativos como se de remédios mágicos e absolutos se tratasse. O preservativo pode ser um recurso falível para situações extraordinárias de comportamento sexual permissivo, mas nunca a solução segura para a sexualidade irresponsável e promíscua.
Dar corpo a políticas educativas, sociais, económicas, de saúde pública que erradiquem, cada vez mais, a pobreza material e espiritual responsável por comportamentos desvirtuados;
Assumir que a resposta à pandemia da sida tem de ser multidimensional não podendo, consequentemente, reduzir-se à publicitação do uso e oferta de preservativos com enorme custo para o erário público;
Aceitar, sem complexos, que a vivência de conceitos morais nas relações sexuais, ajudam a diminuir a infecção, e não são uma intromissão abusiva da Moral na Saúde Pública. São, pelo contrário, um valor acrescentado e um bom recurso sanitário;
Consciencializar que promover, sem um esclarecimento sério dos riscos de contágio, o preservativo como panaceia universal para a sexualidade desregrada, é, salvo melhor opinião, o mesmo que promover a roleta russa. É esta, um jogo que consiste em introduzir uma bala na câmara de um revólver, rodar o tambor e apertar o gatilho apontando à própria cabeça. Se pensarmos que o preservativo apresenta um risco de cerca de 20%, numa relação com pessoa infectada e a compararmos com o risco que corre quem joga a roleta russa, a probabilidade de morrer como consequência do acto é, objectivamente, a mesma.

Visto em Catacumbas

24.3.09

Na viagem papal a África, quem falhou?


Afinal quem falhou?
- O povo?
- Não. Esteve presente, aos milhares. Entusiasta, participativo, festivo.
- Os governantes?
- Não. Foram acolhedores, receptivos, simpáticos.
- O Papa?
- De modo nenhum. Bento XVI esteve excelente. Em grande forma. Claro, directo, profético, semeador de esperança.
Os jornalistas e comentadores?
- Sim, com honrosas excepções. Muitos jornalistas e comentadores não perceberam, não quiseram perceber ou não puderam perceber a estupenda presença e mensagem papais em África. Perdoem-me a expressão, mas portaram-se como pigmeus diante da gigantesca grandeza humana do Papa e da maravilhosa manifestação das populações.
Nada que não contássemos. Para muitos políticos, jornalistas e comentadores ocidentais, sempre tão paladinos da liberdade, a Igreja não tem direito a ser livre, a ter voz e vez, mensagem e valores. Escravos que são do politicamente correcto, do laxismo reinante e dos interesses - às vezes obscuros - que os comandam.
Visto em
Asas da Montanha

8.2.09

Há, de facto, medo no PS e na sociedade portuguesa


Há, de facto, medo no PS e na sociedade portuguesa, pelos mais variados motivos. Têm medo os empresários, de que não lhes sejam permitidos os apoios, ou os financiamentos, dados a outros; têm medo os funcionários públicos, relativamente aos chefes de nomeação politica; têm medo os professores, da avaliação e do ministério, avaliação necessária mas imposta; e têm medo muitos militantes socialistas de perderem os seus lugares, ou o acesso aos benefícios pessoais que retiram da actividade política. Lugares e benefícios que há muito deixaram de ser decididos pela razão do mérito e que agora são o resultado da fidelidade ao chefe.

Sabem quem disse isto?
Nem mais nem menos. Foi exactamente Henrique Neto, empresário e militante ‘histórico’ do PS!!!!
Visto em Asas da Montanha

2.2.09

Yes, he can!*


Pode um bispo dizer que não acredita no holocausto? Sim, pode!Pode um bispo dizer que não acredita nos átomos? Sim, pode!

Pode um bispo dizer que não acredita que o homem chegou à lua? Sim, pode!
Pode um bispo dizer que Picasso não sabia pintar? Sim, pode!
Pode um bispo dizer que foram o extra-terrestres a construir Machu Pichu? Sim, pode!
Pode um bispo dizer que Jesus Cristo não ressuscitou? Não, não pode!
Pode um bispo dizer que o Papa não é a cabeça da Igreja? Não, não pode!
Pode um bispo dizer que a Sagrada Eucaristia é apenas um símbolo de Deus? Não, não pode!
Pode um bispo dizer que a Santíssima Virgem Maria não foi concebida sem pecado? Não, não pode!
Há uma grande diferença entre as primeiras 5 perguntas e as últimas 4: só as últimas representam verdades de Fé e só as últimas obrigam directamente o Bispo Católico a defendê-las, se necessário, com a sua própria vida. Se o bispo disser que sim a qualquer uma das 5 primeiras questões, posso achá-lo um tontinho. Mas se o bispo afirmar todas as verdades de FÉ, nada lhe posso apontar directamente ao seu ministério.
As afirmações que têm sido levadas a cabo a propósito do Bispo Richard Williamson apenas me levam a pensar no seguinte:
1- Que, tal como na parábola, muitos católicos não estão dispostos a receber o irmão “pródigo", aquele que deixou a casa do Pai e a quem o Pai, na pessoa do Papa, recebe depois com amor!
2- Que os Judeus, passados mais de 50 anos sobre a 2ª Guerra Mundial, deveriam deixar-se de ser tão sensíveis. A ser verdade que alguém sugeriu já o corte de relações com o Vaticano, só demonstram não estar à altura de conseguir distinguir entre os assuntos de fé e outros. Por favor… não nego o Holocausto – até porque se o fizesse podia ir para a cadeia por negacionismo ou revisionismo histórico, verdade?
3- A entrevista do Bispo Williamson foi gravada em Novembro e passada só agora… A eficiência de quem gravou a entrevista deixa muito a desejar, ou estiveram à espera de uma oportunidade especial para a lançar?*
O título do post vem na sequência das palavras de Hans Kung que sugere um Obama como Papa. Hans Kung propõe, neste sentido, não só um Papa negro (o que nada me repugna) mas, também, um Papa abortista… Neste caso, já me sinto um pouco mais confundido. Mas depois que Saramago beatificou Obama, já tudo é possível.
Visto em Catacumbas