22.9.07

Este senhor não pára de agredir...

As novas regras impostas pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, aos padres dos hospitais ultrapassam as marcas do ridículo.

"Limitar a assistência espiritual nos hospitais não constitui um condicionamento da liberdade religiosa. Constitui, antes de mais e acima de tudo, um estrangulamento da liberdade humana.

Obrigar a que seja o doente a requisitar (e logo por escrito!) a presença do padre é uma medida que esconde (ou talvez não) o que está em causa: a limitação de uma presença. Se o doente está inconsciente, como é que vai escrever? Se o doente não sabe ou não está em condições de escrever, como é que vai redigir o pedido?

Depois, restringir a presença do sacerdote à hora das visitas é, simplesmente, não perceber o que é a assistência espiritual. Passará pela cabeça de alguém circunscrever a presença do médico à hora das visitas?"
http://padrejoaoantonio.blogs.sapo.pt/

«O documento que recebemos tem aspectos ridículos e só pode ter sido feito por uma pessoa que não percebe nada do que se passa nos hospitais nesta matéria», disse ao SOL D. Carlos Azevedo, secretário da Conferência Episcopal.
In Sol

- Que as estradas portuguesas estejam hoje transformadas em maternidades, pouco diz a Correia de Campos...
- Que um doente continue a esperar tempos infindos por uma intervenção cirúrgica, parece nada dizer a Correia de Campos...
- Que a saúde esteja cada vez mais cara, menos acessível e menos comparticipada, parece nada importunar Correia de Campos...
- Que uma mulher queira fazer um aborto e tenha tudo de graça, enquanto alguém que sofre um enfarte tenha que pagar, isso não incomoda Correia de Campos...
- Mas que os padres entrem nos hospitais e possam livremente atender quem deles precisa, isso incomoda Correia de Campos!!!

E Sócrates? Não é ele o grande responsável por esta situação de afrontamento à saúde, liberdade e justiça?
Ele é que é o chefe do Governo!!!

Texto colhido no blog Asas da montanha

21.9.07

Vale a pena ler


Nossa Senhora de Xexan, auxiliadora dos cristãos, Rogai por nós!

de Aloysius Jin Luxian
bispo de Xangai

O bispo Aloysius Jin Luxian
A Carta Pastoral do Papa dirigida à Igreja na China, objeto de preocupação dos fiéis do mundo inteiro, aguardada pelos fiéis de toda a China, finalmente foi publicada em 30 de junho. Agradecemos pela graça do Senhor!
Depois da publicação, alguns amigos me transmitiram o texto em chinês. Li duas vezes com muita atenção e fiquei muito comovido. Depois de recebê-la, fui até minha pequena capela e a meditei no coração. Amém, aleluia! Em seguida, com os sacerdotes, estudei o documento. Agora, gostaria de compartilhar com todos vocês minha primeira compreensão.
Como pastor universal, com espírito de pai espiritual e misericordioso, com serenidade e calma, baseando-se na Sagrada Escritura, nos documentos do Concílio Vaticano II, no Código de Direito Canônico e no ensinamento do falecido papa João Paulo II a respeito da China, o Papa nos expõe de maneira clara e simples a natureza, a missão, a tarefa e a organização da Igreja de Cristo. Ele me faz sentir como se estivesse numa grande aula de eclesiologia, me faz amar ainda mais a nossa Igreja, e me concede a determinação para dar um passo a mais em minha tarefa como bispo local, para que se realize logo a esperança e o empenho de Jesus por “um só pastor e um só aprisco”.
A Carta Pastoral do Papa é dirigida à Igreja Católica na República Popular da China. Essa Igreja Católica que vive na República Popular da China é apenas uma, não existem duas, não existe uma parte clandestina e uma parte oficial. Toda a Igreja que vive na China crê unanimemente na Igreja una, santa, católica e apostólica. Temos juntos um só pastor, vivemos juntos num só aprisco. O Papa exprime tudo isso de maneira clara e sem ambigüidades. Neste ponto, gostaria de me dirigir aos amigos do exterior, que se preocupam com nossa Igreja: peço-lhes que estejam unidos ao Papa, que não falem mais da nossa Igreja como se fossem duas Igrejas, apoiando uma e negando a outra, fixando em nossa cabeça etiquetas como “fiéis” e “não fiéis”, “oficiais” e “não oficiais”.
A Santa Sé compreende perfeitamente as circunstâncias do passado e do presente da nossa Igreja, interessa-se pelo que nos espera no futuro e pelas situações de hoje. Como pastor universal, a visão do Papa é naturalmente dirigida para o que está adiante, e não se detém no passado. Para nós, as circunstâncias de ontem pertencem ao passado; para o Pai Eterno, não é assim, todas as nossas palavras e todas as nossas ações existem para sempre diante d’Ele. Não podem ser apagadas. O prêmio de Deus supera infinitamente nossos méritos e nossas esperanças.
A Igreja na China é apenas uma. Irmãos e irmãs, juntos navegamos, juntos vivemos em harmonia e em alegria. Essa é a esperança mais cara ao Papa.
Mas o Papa também escreve, com sobriedade, em sua Carta Pastoral: “Estas indicações, que se referem à própria natureza da Igreja universal, têm um significado particular para a Igreja que está na China. Com efeito, não vos passam despercebidos os problemas que ela está enfrentando para superar – em seu interior e em suas relações com a sociedade civil chinesa – tensões, divisões e recriminações”. Assim, o Papa sublinha a necessidade do perdão e da reconciliação, e diz: “Este caminho não poderá realizar-se de um dia para o outro”.
Nossa diocese de Xangai lutará com todo o coração, com toda a energia e sem se cansar para realizar o mais cedo possível a esperança do Papa.
A Igreja fora da China, em todos os países e em alguns territórios, conta com organismos como as conferências episcopais ou as assembléias dos bispos. A situação da China é diferente do normal. Há vinte anos, a Igreja em Taiwan organizava uma conferência episcopal denominando-a Conferência Episcopal da Igreja na China. O Papa anterior indicou a eles que esse nome não era correto, pois seus membros eram apenas os poucos bispos ordinários da ilha de Taiwan. Era preciso retificar o nome. O Papa indicou a eles que não podiam se chamar Conferência Episcopal da Igreja na China, mas, sim, Conferência Episcopal de Taiwan. Os bispos de Taiwan, com alegria, aceitaram a indicação do Papa e mudaram o nome.
Certa vez, alguns bispos clandestinos da China constituíram uma Conferência Episcopal Chinesa, enviando um relatório a Roma para que fosse aprovada. Roma não a aprovou. A razão era muito simples: essa organização não incluía os bispos “públicos”.
A conferência episcopal “pública” foi fundada há mais de dez anos. Naturalmente, não se enviou um relatório a Roma. E, sem relatório, como poderia ser aprovada? Uma conferência episcopal nacional deve ter como membros todos os bispos do país, e, só depois que seu nome for correspondente à realidade, ela se torna uma conferência episcopal nacional. Faço votos de que isso aconteça logo.
A Carta Pastoral adverte: “A pretensão de alguns organismos, queridos pelo Estado e alheios à estrutura da Igreja, de se colocarem acima dos próprios bispos e de dirigirem a vida da comunidade eclesial não corresponde à doutrina católica”. Evidentemente, o Papa faz alusão à Associação Patriótica. A Associação Patriótica foi fundada há cinqüenta anos. Esta é a primeira vez em que a Santa Sé revela sua posição. A seus olhos, a Associação Patriótica tem três conotações: em primeiro lugar, é fundada pelo governo; em segundo, é estranha à estrutura da Igreja; em terceiro, põe-se acima dos bispos para guiar a Igreja. Eu fui bispo de Xangai durante quase vinte anos. A Associação Patriótica em Xangai nunca se pôs acima de mim; pelo contrário, aceitou minhas diretrizes. No início do século XX, Xangai tinha uma organização da Ação Católica. Entre seus membros, havia personagens eminentes como Lu Baihong, Zhu Zhiyao e outros. Por sua ajuda na evangelização, o Vaticano os homenageou com condecorações. Eles escreveram uma página gloriosa na história da diocese de Xangai. Serviram até como ponte entre a diocese e o governo, solucionaram problemas que os missionários estrangeiros não podiam resolver. Eu sempre espero que os católicos da diocese de Xangai continuem no espírito da Ação Católica, desenvolvendo o espírito que os leigos devem ter. Eu digo freqüentemente: “O século presente será o tempo dos leigos; eu alimento uma grande esperança a respeito dos amigos maduros de Xangai”.
Gostaria de fazer uma observação sobre a segunda parte da Carta do Papa, que indica as normas da vida pastoral.
Por mais que a diocese de Xangai venha há vinte anos desenvolvendo sua Igreja segundo o espírito do Evangelho, do Código de Direito Canônico e dos documentos do Concílio Vaticano II, no momento presente devemos nos sentar para refletir e encontrar o que falta, e para tomar as medidas necessárias para no futuro poder cuidar ainda melhor da diocese e das paróquias.
As edições em língua chinesa e inglesa da Carta do Santo Padre Bento XVI aos bispos, aos presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China, publicada em 30 de junho de 2007
A Carta Pastoral sublinha o trabalho de formação feito no seminário. Ele é realmente muito importante. Penso que o Papa possa ser consolação o fato de termos criado um seminário na diocese de Xangai, em Xexan. Era o primeiro seminário a ser aberto depois da reforma e da abertura da China. A diocese de Xangai superou todo tipo de dificuldade, como a falta de livros e de professores, a escassez de recursos. Ao longo dos anos, foram formados mais de quatrocentos jovens sacerdotes. Nesta ocasião, gostaria de expressar minha profunda gratidão aos irmãos da Igreja na Alemanha, na Áustria e em outros países, que apoiaram generosamente o seminário de Xexan, e de modo especial à Sociedade de Maryknoll, à Sociedade do Verbo Divino, à Congregação do Coração Imaculado de Maria, à Ordem dos Dominicanos, à Sociedade dos Salesianos, à Sociedade de São Columbano, à Sociedade de Jesus. Peço a vocês que rezem por eles e que roguem a Deus que lhes dê o cêntuplo como recompensa.
O último parágrafo da Carta Pastoral me faz experimentar uma grande alegria e consolação. O Papa decide que a festa anual de Nossa Senhora de Xexan, a Auxiliadora dos Cristãos, no dia 24 de maio, será uma festa de oração de toda a Igreja do mundo pela Igreja na China. Penso que os fiéis de Xangai ficarão muito contentes quando ouvirem essa boa notícia. Obrigado, Santo Padre.
Para a diocese de Xangai, essa é uma honra muito grande, e ao mesmo tempo uma obrigação muito importante. Em primeiro lugar, devemos venerar Nossa Senhora com um fervor extraordinário, devemos imitar Nossa Senhora, esforçando-nos para ser seus filhos e filhas, e dando um exemplo aos outros católicos. Em segundo lugar, uma vez que certamente muitos fiéis irão em peregrinação a Xexan, nós, católicos de Xangai, devemos nos preparar adequadamente, ser hospedeiros acolhedores, para que os fiéis chineses e estrangeiros possam ver em nós a glória do amor divino, chegando de boa vontade e voltando cheios de contentamento.
Enfim, a Carta Pastoral do Papa sublinha a função do bispo, falando das obrigações do bispo como ponto essencial. Eu me sinto agitado e com medo. Já tenho 92 anos. O Papa nos lembra a palavra do apóstolo São Paulo: a vida é Cristo e a morte, uma bênção. Peço a todos que rezem a Deus por mim, a fim de que possa realmente viver Cristo e obter finalmente a felicidade de uma morte em paz. Amém.





Aloysius Jin Luxian
O jesuíta Aloysius Jin Luxian nasceu 92 anos atrás em um vilarejo cristão nos subúrbios de Xangai. Em 8 de setembro de 1955 foi preso transcorrendo mais de vinte anos no cárcere e depois em regime de liberdade condicional. Em 1985 aceitou tornar-se bispo de Xangai com a aprovação do governo, mas sem o reconhecimento por parte do Papa. Em 2005 foi o próprio Jin o “articulador” da ordenação do seu sucessor in pectore José Xing Wenzhi, nomeado pelo Papa, “eleito” pela diocese, aprovado pelo governo. Uma operação cujos resultados chegaram também para o seu episcopado com a legitimação canônica do Papa, que mais tarde também convidou-o para vir a Roma – sem sucesso – para participar do Sínodo da Eucaristia.

Visto em Nossa Senhora de Xexan

Oração de Gandhi


Quando nos aproximamos de escritos de pessoas ilustres fora do cristianismo, deparamos muitas vezes com surpresas belas e admiráveis, como esta oração de Mahatma Gandhi:


"Senhor, ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
Se me dás fortuna, não me tires a razão. Se me dás sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda. Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.
Ensina-me a amar os outros como a mim mesmo.
Não deixes que me torne orgulhoso, se triunfo; nem cair em desespero se fracasso.
Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de baixeza.
Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para desculpar-me. E se as pessoas me ofenderem, dá-me grandeza para perdoar-lhes.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim."

Gandhi, Mártir da violência pacífica pede coragem para dizer a verdade, sem medo diante dos poderosos e para não dizer mentiras, não ser demagogo, para conquistar o voto dos fracos.
Os poderosos, muitas vezes incutem medo intimidando os mais simples.
Outro perigo enorme é a fortuna sem senso. O dinheiro enlouquece e anula o raciocínio equilibrado. Quanta gente tresloucada pela riqueza!
Para as horas de sucesso Gandhi pede humildade, e não vanglória ou vaidade.
"Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda".
Quantas vezes julgamos injustamente os outros porque não procuramos ver o lado inocente dos outros.
Perdoar é uma grandeza. E a vingança é vergonhosa baixeza, cobarde e expressão do ódio.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim!
Padre Mário Salgueirinho

20.9.07

A Fé e a Ciência

Como já aqui contei à pouco tempo, li este verão um livro bem interessante sobre este binómio Fé versus Ciência. (A fórmula de Deus).
Hoje relato aqui uma historieta sobre um episódio verídico ocorrido em 1892:

Um senhor de 70 anos viajava de comboio tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia um livro de ciências. O idoso, por sua vez, lia um livro de capa preta.
Quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, aberta no livro de Marcos, sem muita cerimónia interrompeu a leitura do velho perguntando:
- O senhor ainda acredita nesse livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim acredito. Mas não é um livro de crendices, é a Palavra de Deus! Estou errado?
- Claro que está! – Respondeu o jovem – Creio que o senhor deveria estudar mais a história Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus criou o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os cientistas dizem sobre isso.
- É mesmo? E o que dizem os cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, – respondeu o universitário – vou descer na próxima estação, mas dê-me o seu cartão que eu mando-lhe muita literatura pelo correio.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do casaco e deu o cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito saiu cabisbaixo se sentindo pior que uma formiga. O cartão dizia:
"Louis Pasteur, Director do Instituto de Pesquisas Científicas da École Normale de Paris".


No blog: Pdivulg

14.9.07

TESTEMUNHO EM ERFURT: DISSE A QUE VIM!






"As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coracäo sejam agradáveis na tua presenca SEnhor, rocha minha e redentor meu!" Sl 19.14

Voces nao podem imaginar a minha alegria e o meu amor para com os meus semelhantes, ao poder dar o meu testemunho de fé, no domingo passado, domingo de ceia, igreja lotada, na Igreja FREIE EVANGELISCHE GEMEINDE ERFURT, contando com a graca e a misericórdia de Deus, a interpretacao da PETRA, grande amiga alemä que fala portugues e que traduziu com perfeicäo.

(Deus tem um tempo e um plano determinado para cada um de nós!!!)

Igreja quieta, . O povo nao se mexia, ouvindo com atencäo.

Uma coisa é certa. Eu estou sempre preparada para falar das maravilhas de JESUS. Que ele cura o físico, salva o perdido, restaura, santifica o pecador após o seu arrependimento, acrescenta fé nas nossas vidas, nos dá refrigério, alivia o cansado de alma, livra o oprimido e ainda cura a alma dos que estäo emocionalmente doentes.

Claro que com Ele näo existe troca ou qualquer barganha. Isto nao vai funcionar.

Devemos entregar Ele, o que temos de mais precioso para nós, a vida em si, e entäo transitar livremente em sua companhia.

Uma coisa aprendo um pouquinho mais cada dia aqui na Alemanha. Vivemos no mundo, mas nao somos do mundo. Fazemos parte de um mundo diferente e por isso devemos fazer muita diferenca neste mundo em que vivemos. Mostremos mais amor, compreensäo, carinho, ternura, um sorriso, uma ajuda, um consolo, um afeto e tudo a nossa volta vai florescer vicosamente.

ESte povo precisa de amor, afeto que foi perdido anos atrás. Vivem sós e taciturnos, cheios de si e sem humildade. Näo pedem desculpas nem com licenca. Mas uma coisa eles väo ter de saber:

JESUS CRISTO VIVE, ELE É O MESMO ONTEM; HOJE; E AMANHÄ; E TAMBÉM ESTÁ AQUi ENTRE NÓS NA ALEMANHA! porque na sua onisciencia ele atua em todos os lugares e áreas.

Até!!!!!!!!!!!!!!!

No blog:
O Senhor é a minha força

12.9.07

De rabo para o ar

Fazia-se silêncio. Uns para me ouvir e outros para descansar da noite mal dormida. Os olhos na direcção do ambão, na minha direcção. Eu falava, falava, pregava. Já lá iam uns bons cinco minutos. A coxia estava desimpedida, como é normal. O fundo da Igreja repleto. Os bancos cheios. Mas tudo em silêncio. Agora imaginem o que é avistar, no meio deste cenário e deste silêncio, uma senhora dos seus setenta anos ajoelhar-se a meio e no meio da coxia depois de descalçar o chinelo para tentar acertar numa lagartixa que teimava em ouvir a homilia e que não sossegava, ao contrário das pessoas, percorrendo os espaços livres que lhe deixavam! E vai uma chinelada. E vai outra. Como a lagartixa insistia em fugir, a senhora coloca-se de gatas, rabo para o ar, e toca de gatinhar atrás da lagartixa batendo e batendo com o chinelo nas pedras da coxia. Do meio da coxia quase chegava ao cimo, nunca se perturbando com o aparato da situação. Parei. Poisei os olhos sobre ela. Poisámos todos. O silêncio trocou-se pelas gargalhadas. Tapei a boca para controlar as minhas. Não era possível. A lagartixa havia escapado. Entretanto, a senhora levanta a cabeça para mim à espera que eu aprove, compreenda e perdoe a posição de rabo para o ar. Pedi-lhe para acalmar. Pedi a todos. Mas foi difícil prosseguir a homilia, pois no meio da Palavra de Deus teimava em aparecer-me aquele rabo virado para o ar. São aquelas situações que nos fazem recordar o humor de Deus!

9.9.07

A propósito da inquietude...

Tenho reparado neste recomeçar uma certa inquietude que domina alguns acerca do celibato em muitos espaços na blogoesfera.

Há como que uma determinação hostil (que me parece não ser honesta) na forma como se coloca a questão. Ao longo dos próximos dias partilharei convosco aquilo que penso.
Procurarei fazê-lo não para ser polémico (olhando o que se diz e escreve como quem vê as coisas da varanda e apenas lança mais barulho para a confusão) mas a partir da minha experiência pessoal crente, livre e feliz do ministério presbiteral que a Igreja me concedeu e confiou e que eu responsavelmente vou procurando viver em cada dia.

Faço-o na convicção da fé pois, como dizia um dos meus mestres, é preciso distinguir para não confundir...e parece-me que a questão acerca do celibato não pode ser abordada como uma questão de consensos, democracias ou, se preferirem numa linguagem mais simples, uma questão do "a alguns dava jeito" ou "assim teriamos mais padres"...ou pior ainda "assim a Igreja era mais fiel ao projecto de Deus".

A seriedade e serenidade que nos merece a questão deve suscitar também a humildade e honestidade da reflexão.

No blog: No coração de Deus

7.9.07

Gostava de ser rico?

Se houvesse um inquérito com esta pergunta: "Gostava de ser rico?", todos imaginamos qual seria o resultado do referido inquérito. O desejo de ser rico existe no coração de todos os homens, sendo muito poucos aqueles que conseguem ter verdadeiro domínio sobre ele. Dos restantes, que são a maioria, um pequeno número vê realizados os seus sonhos, ao passo que a enorme multidão se queda pela dura e difícil realidade da vida. Mas há, em tudo isto, coisas que nos incomodam.

Acontece em Portugal que cem pessoas são detentoras de quase um quarto de toda a riqueza nacional. Há por aí fortunas que se medem não em milhões de euros, mas em milhares de milhão...

Ao tesmo tempo, no mesmo Portugal, temos centenas de milhar de pessoas, de norte a sul do país, que vivem muito abaixo do limiar da pobreza...

Porque é que uns hão-de ter tudo, enquanto outros vivem na miséria?


Sabemos que os bens foram concedidos por Deus à humanidade, e que alguns se assenhorearam deles como se não fossem de todos.

Penso que a sociedade deve arranjar instrumentos legais que permitam uma mais equitativa partilha dos bens, de modo que (embora continue a haver ricos) todos tenham o necessário para uma vida digna. Porque o verdadeiro problema é o da dignidade humana que, em muitos casos, é calcada aos pés do imperialismo do dinheiro.

Que ao menos nunca percamos o "directo à indignação" e ao protesto adequado e oportuno.


No blog: Asas da Montanha

5.9.07

Pensamentos Inesquecíveis


Recebido por e-mail – Vida Iluminada
Formatado por Beth Pedone







"Fiz um acordo de coexistência
pacífica com o tempo:
nem ele me persegue, nem eu fujo dele,
um dia a gente se encontra" (Mário Lago)







"Nunca ande pelo caminho traçado,
pois ele conduz somente até
onde os outros foram." (Grahan Bell)








"Muitas pessoas perdem
as pequenas alegrias enquanto
aguardam a grande felicidade.“
(Pearl S. Buck)







"A vida só pode ser compreendida
olhando-se para trás;
mas só pode ser vivida
olhando-se para a frente."
(Soren Kierkegaard)








"Você não pode ensinar nada a um homem;
você pode apenas ajudá-lo
a encontrar a resposta dentro dele mesmo."(Galileu Galilei)







A verdadeira filosofia
é reaprender a ver o mundo.
(Merleau-Ponty )







" Me ame quando eu menos merecer,
pois é quando eu mais preciso"
(Provérbio chinês")

No blog:Pdivulg O que é?

URGÊNCIAS MAIS LONGE, MORTE MAIS PERTO

Há estudos que se dispensam. Porque a percepção da realidade é, já por si, suficientemente reveladora e soberanamente eloquente. Mas também é verdade que, por vezes, estamos mais atentos a estudos do que à realidade. Por isso, sejam bem-vindos.
Um desses estudos, realizados na Inglaterra e hoje divulgado, diz que a distância das Urgências faz aumentar a mortalidade. É quase a la Palisse. Será que só os nossos governantes não compreendem?
Se uma pessoa tem um AVC, necessitando de uma intervenção imediata, que hipótese de cura terá se estiver a mais de uma hora de distância de um serviço?
Será que nos resta gritar?

No blog: Theosfera