31.10.06

Entrevista surrealista


Uma entrevista de Francisco José Viegas com o autor de um livro sobre a morte de João Paulo I, Luís Miguel Rocha, no «Livro Aberto» (RTPN), constituiu um dos momentos mais surrealistas de Televisão a que assisti em toda a vida. Às tantas, percebia-se que a conversa já não fazia o menor sentido, e que nem deveria ter começado, apesar de Viegas agir seguramente com a melhor intenção, para divulgar um livro e um autor portugueses.

É que Luís Miguel Rocha não se limita a admitir a ficção, no seu trabalho, mas diz possuir documentos que lhe permitiram elaborar toda uma teoria conspirativa, em torno da Loja P2 - que já seria também responsável pelo assassinato de Sá Carneiro. No seu curioso voluntarismo, diz mesmo ter a solução que investigadores com todos os meios nunca tiveram para esclarecer totalmente o morte (para ele, sem dúvida, assassinato), do malogrado ex-líder da AD.

Agradeço a Viegas, ainda assim, ter contribuído para que eu não gaste um tostão a comprar livros deste Rocha. E, já agora, pelo espectáculo surrealista - em que não me alonguei demasiado,porque bastava um poucochinho para ficarmos suficientemente estupefactos.


No blog: Prazeres ao Sol

"Poderosos são teus sinais e maravilhas"


Testemunho

O melhor lugar para se estar é nos braços do Pai. Foi assim que Marlene se sentiu depois de passar por algumas experiências de cura, completamente inexplicáveis à luz da medicina.

Marlene sempre foi uma mulher ativa e comunicativa. Formada em Direito, mãe de dois filhos, dedicava-se também ao esporte por prazer e por preocupar-se em manter um físico saudável.
"Sempre fiz muita ginástica, participei de campeonatos de bicicleta, corrida e natação, inclusive no exterior. No ano de 1997, entretanto, comecei a engordar de uma maneira absurda e descobri, depois de muitos exames, que tive um tumor benigno na hipófise (glândula que é responsável pela parte hormonal do nosso corpo).
Para surpresa dos médicos, fiquei curada em 01 ano, sem cirurgia! Jesus me curou!

"Pouco tempo depois, Marlene começaria uma outra história onde a presença do Senhor seria marcante e misericordiosa.
Depois de sofrer dores terríveis, durante três longos anos, descobriu em 2002, que tinha sido acometida de três tipos diferentes de câncer de garganta.
"Após uma cirurgia dolorosa, cinquenta aplicações de cobalto na radioterapia e seis sessões da estafante e terrível quimioterapia, o Senhor Jesus teve compaixão e misericórdia da minha vida e me deu a cura completa, conforme havia me prometido através da sua Palavra em Jõao 11:4, deixando os quatro médicos ligados ao meu tratamento, totalmente atônitos e com a firme convicção de que foram usados por Deus, em todo este meu processo de saúde".

Com os olhos única e exclusivamente no Senhor, Marlene teve equilíbrio e força para seguir em frente. O resultado foi um milagre! Foi a prova clara e indiscutível de que para Deus nada é impossível!

"Louvo a Deus pelos 22 anos de ensinamentos sobre Sua Palavra que tenho recebido no Ministério Evangélico Cristo é a Resposta". Agradeço a Jesus por ter acrescentado vida a minha vida. Só Ele tem esse poder.

Hoje vivo para demonstrar o quanto lhe sou grata e para demonstrar a Sua salvação! - finaliza Marlene.
Marlene de Oliveira (é conhecida na igreja carinhosamente, como Marlene "Maravilha"). Seus dois filhos -Roberta, hoje com 29 anos, é profissional na área de Comércio Exterior;
- Lucas, com 26, é especializado em Propaganda e Marketing.

"E Jesus ouvindo isto disse: esta enfermidade não é para a morte mas para glória de Deus; para que o Filho de Deus seja glorificado por ela". Jõao 11:4

*Testemunho publicado na Revista Especial Comemorativa Cristo é a Resposta - 25 anos.


30.10.06

Esclareçam-me



Detesto ser chamado a pronunciar-me sobre assuntos dos quais sei pouco, ou nada. Reconheço ser o tipo de pessoa que desmonta compulsivamente o que quer que seja para saber como o diabo da coisa funciona. Claro é que, para que tal aconteça, 'a coisa' tem que interessar-me minimamente.

Bem, interessa-me por ora a questão do aborto. Quero falar sobre o assunto com quem se apresente com ideias definitivas e decididamente favorável à despenalização, liberalização ou lá como lhe queiram chamar. Mas atenção, não quero ter conversas esotéricas, não quero ouvir argumentos que de tão batidos estão piores que o chapéu dum pobre.

Vou ser mais claro, quero falar com um (ex-)progenitor cuja companheira tenha decidido abortar. Quero saber se ela o consultou ou se foi só ela a 'decidir do seu corpo'. Quero saber se pagou o aborto, se foi clandestino ou legal, se acompanhou a companheira, se assistiu, se sentiu ... o quê ...


Claro que mais interessante será falar com a (ex-)progenitora para lhe perguntar coisas muito semelhantes. Porquê? Doeu? O quê? O corpo? A alma? Ambos? Quanto tempo demorou a pegar num recém nascido após o aborto? O que sentiu? O que melhorou na sua vida? O que piorou? Repetiria em iguais circunstâncias? Se o caso se colocar com uma filha sua e for chamada a opinar que fará?

Vá lá ... estou farto de números, de estatísticas, de suposições, de induções e deduções. O aborto será o que quiserem que seja, mas é acima de tudo uma questão de e sobre pessoas, das que o são e das que não o chegam a ser. Se houver por aí quem tenha experiência e a coragem de falar de si, tem neste blog, a 'obrigação' de me convencer que o aborto asséptico do Séc. XXI é um passo em frente e não uma fuga.



No blog: 25 Cm de neve

29.10.06

Será que confiamos mesmo em Deus?

Este domingo o padre da minha paróquia contou uma estória que nos lembra como, apesar de acreditarmos em Deus, desconfiamos tanto da Sua Palavra.

Um dia um alpinista ficou preso na montanha. Sem conseguir pedir ajuda, lembrou-se de Deus.

"Deus, se existes mesmo, salva-me!"

O tempo passou e Deus disse-lhe:

"Tira o teu canivete e corta a corda."


O alpinista ficou indignado e disse, irritado: "Mas como é que é possível mandares-me fazer isso, se és Deus? Se corto a corda caio e morro!"


Deus continuava a insistir que ele deveria cortar a corda. O alpinista, por sua vez, continuava a dizer que não o iria fazer e que a ideia não tinha sentido nenhum.


Chegou a noite, veio o frio, a chuva, o vento e o alpinista acabou por morrer. De manhã, quando chegaram lá os bombeiros ficaram estupefactos. O alpinista tinha morrido agarrado à corda, estando apenas a 1 metro do chão.


Quantas vezes não ouvimos Deus e não cortamos a corda? Infelizmente, acho que o fazemos vezes sem conta. Dizemos que confiamos em Deus, mas depois, na prática, onde fica essa confiança?

No blog: Deus em tudo

As mulheres, os gatos e o pedaço de carne ao ar livre



Se vocês colocam a carne na rua, no jardim ou no parque sem a cobrir, os gatos aparecem para a comer (...). Quem tem a culpa, os gatos ou a carne ao ar livre?», disse perante 500 fiéis, segundo o jornal The Australian. A carne ao ar livre, aí está o problema. Se ela tivesse permanecido no seu quarto, na sua casa, vestindo o seu véu, não teria ocorrido qualquer problema», acrescentou o líder religioso muçulmano. Notícia "Mulheres sem véu incitam ao crime sexual, diz líder islâmico" In
Diario Digital

Demasiado exposto nas nossas sociedades...demasiado escondido noutras, em ambos os casos a manipulação do corpo da mulher . De um lado gatos enfastiados, do outro gatos esfaimados.


28.10.06

Pro-vocação 2


Olá! Mais uma semana e uma vez mais aqui estamos com mais um "atrevimento".Esta semana vamos disponibilizar neste espaço algumas fotos das actividades que temos andado a realizar...(sim, porque o nosso atrevimento não para!)Ora então cá vai:Quero propor-te para a tua oração pessoal um pequeno texto de um grande teólogo Jesuíta (Teillhard de Chardin):

Não te inquietes com as dificuldades da vida,
pelos seus altos e baixos, pelas suas decepções,
pelo seu futuro mais ou menos sombrio.
Quer o que Deus quer.

Oferece-lhe no meio das inquietações e dificuldades,
o sacrifício da tua alma humilde, que, não obstante tudo,
aceita os desígnios da sua providência.

Pouco importa que te consideres um frustrado,
se Deus te considera plenamente realizado a seu gosto.
Perde-te confiando cegamente nesse Deus que te quer para si.
E que chegará até ti, mesmo que nunca o vejas.
Pensa que estás nas suas mãos,tanto mais fortemente abraçado
quanto mais decaído e triste te encontrares.
Vive feliz. Vive em paz.
Que nada te altere.
Que nada possa tirar-te a tua paz.
Nem a fadiga psíquica, nem as tuas falhas morais.
Faz brotar e conservar sempre em teu rosto
um doce sorriso, reflexo de que o Senhor
continuamente te dirige.
E no fundo da tua alma coloca, antes de tudo,
como fonte de energia e critério de verdade,
tudo o que te enche da paz de Deus.
Não esqueças: quanto te reprima e inquiete é falso.
Eu to asseguro, em nome das leis da vida
E das promessas de Deus.
Por isso, quando te sentires acabrunhado e triste,
adora e confia ...

No blog: Atreve-te


O bem mais precioso


Maria do Rosário Gomes contou-me pormenorizadamente o que se passou com ela. Há cerca de 6 anos, casou com um rapaz, depois de um namoro "pouco demorado", dado que "o amor a isso os obrigava" e os pais de um lado e doutro achavam bem.
Meio a sério meio a brincar, pôs porém uma condição: "Se não der certo, posso escolher o bem que julgue mais precioso da casa".

O namorado concordou e disse que faria ele também o mesmo. Houve festa rija e os primeiros tempos foram "lindos". De vez em quando um amuo, um ralho. Mas sempre se ouviu dizer que casa não ralhada não é governada.
O pior foi quando se deram conta de que iria ser difícil terem filhos. Veio o nervosismo, as corridas para os médicos, o gasto exagerado de dinheiro. A vida em casal começou a ter problemas fortes.

A Rosário reconhece que se excedeu: os nervos sempre à flor da pele, os ciúmes, as palavras azedas. E o meu marido fartou-se. E às vezes dizia coisas que a feriam.

"Reconheci que o nosso casamento estava estragado. Por isso disse ao meu marido que era melhor acabar com tudo. Vendíamos o apartamento, fazíamos a divisão das coisas e cada um ia tratar da sua vida."

"Acabava eu de dizer isto quando o meu homem me abraçou e me confidenciou:
– Lembras-te do que foi combinado entre nós? Pois eu escolho o bem mais importante da casa. E esse bem és tu!... És minha e não me separarei de ti! A não ser que tu não queiras mesmo viver comigo...

"Chorei toda a noite! Fizemos as pazes e conseguimos juntos ultrapassar os problemas. Não temos filhos, mas sabemos que temos o maior bem – o AMOR".


No blog: Ver para crer

27.10.06

Um renascer


Veio uma primeira vez.Há 20 e tal anos que andava "afastado". As peripécias da vida tinham-no levado a dar muitas voltas. Tem uma família estável e feliz. No entanto, quanto à Igreja, é que as coisas não correram bem. Nunca deixou de rezar, ainda que não numa igreja. Está disposto a repensar tudo. Há muito tempo que anda a matutar num possível regresso. Tem rezado para que isso aconteça. Crê que, agora, todas as condições se proporcionam a isso. E sente a falta de se sentir "integrado".
Está decidido. "Voltarei cá daqui a uma semana e, então, conversaremos melhor".Aconteceu.E foi belo ver o brilhozinho nos olhos no momento da Comunhão. Há momentos que valem uma vida.

No blog: Migalhas também são pão

Dívidas e lucros a mais


As famílias portuguesas continuam a endividar-se e, em Agosto, o volume de crédito concedido pelos bancos totalizava já 113,5 mil milhões de euros, o que corresponde a cerca de 75,3% do Produto Interno Bruto (PIB) ou a uma subida de 937 milhões face a Julho.

Entretanto, e decerto por isso mesmo, os Bancos continuam com lucros fabulosos. O resultado líquido do Banco Espírito Santo aumentou 46,5% nos primeiros nove meses do ano elevando-se a 304,7 milhões de euros, anunciou a instituição bancária. E os outros seguem pelo mesmo caminho.
Com tudo isto quem se lixa é o mexilhão. Tantos casais que não conseguem pagar os juros e vêem as suas casas serem vendidas em hasta pública!...

No blog:
Caros Amigos

A paixão e o amor.



Na marginal de Cascais. Final de tarde de domingo. Cinco e meia da tarde. Decidiram desligar o rádio da carrinha para fazer silêncio. Uma delas perguntou: Nuno, fala-nos da paixão e do amor. Vocês não preferem serem vocês a falar primeiro e eu fico para o fim? A paixão é superficial, respondera prontamente uma delas. É superficial porque não se aguenta. Aquela marginal estava cheia de rotundas e sinalizações. Com um ouvido na estrada e outro na conversa, procurava memorizar todas as questões. Como é que eu sei se gosto realmente daquela pessoa? Desculpem, viro aqui à direita? Eu a mim, disseram-me que a paixão dura dois anos. Pois não sei…vá lá Nuno o que é que achas?

Pessoalmente - respondi - vejo que a paixão vive muito dos sentidos – do que se sente, ou do que não se sente – e de uma adrenalina sensível em que a opção obedece passivamente às pulsações vertiginosas do coração. A paixão, sendo passageira, procura satisfazer egocentricamente o apaixonado. A pessoa satisfaz-se no beijo e no abraço com o risco de coisificar o amante. O outro torna-se objecto da minha satisfação amorosa. Se a paixão vive dos sentidos, o amor vive do sentido. O sentido profundo da relação altruísta, toda ela voltada para o outro. É passagem do egocentrismo – o eu como centro gravitacional das relações – para o altruísmo – o outro como centro.

E no amor a sensibilidade apaixonada diminui para dar lugar a uma relação renovada, inteira e profunda. A pessoa abandona os apetites, a gulodice, o sentimento da posse para entrar da dimensão do querer e da aceitação da diferença. Nuno, na próxima rotunda viras à esquerda! E portanto, parece-me que pode ser isto: amar é sair da nossa rotunda de interesses e de apetites e sair amorosamente ao encontro da vontade do outro.

Tá bem Nuno mas, no casamento já não se vive apaixonado? É possível amar sem sentir? O que é que se faz quando já não se sente? É preciso experimentar uma relação fora do casamento para sabermos se ainda amamos a pessoa?

No blog:
Toques de Deus

Números dramáticos que nos tocam


Números dramáticos:


Angola lidera a mortalidade infantil mundial (133 por 1000), Guiné-Bissau está perto, com 114 por 1000 e Moçambique tem 13% de homens e 19% de mulheres com Sida entre os 15 e os 49 anos. Os três Estados têm esperança média de vida de 40 anos! Uma dor de alma e um rebate de consciência!

Na Biblioteca Nacional. A não perder. António é o meu nome. Exposição a celebrar o centenário do grande pedagogo Rómulo de Carvalho e não menor poeta António Gedeão. Ensinou-me Física e Química três anos, no Pedro Nunes, e marcou a minha adolescência. Como a de milhares e milhares de alunas e alunos. Curiosamente, no meu tempo, não gostava de misturar, na escola, o professor e o escritor. Por um pudor extremo de humildade e isenção.

Justíssima a evocação de Guilherme Braga da Cruz, num verdadeiro In Memoriam, boa ideia de Gonçalo Sampayo e Mello, assistente de História na minha Faculdade (Depoimentos. Guilherme Braga da Cruz. 1916-1977, Tenacitas). Ainda me lembro de, um dia, no final de um dos jantares semanais em sua casa, durante a estada de meus pais em Moçambique, Marcello Caetano recordar os universitários católicos dos anos 40 e inícios de 50 e, neles, destacar dois: Guilherme Braga da Cruz e Manuel Gomes da Silva. Cada um à sua maneira, um santo avant la lettre.

Assembleia Municipal de Castelo Branco. Maioria esmagadora contra o Governo sobre Finanças Locais. Presidia o secretário de Estado, que esteve calado. Sintomático. Só pasmo como lá estava: um autarca não pode nem deve ser, ao mesmo tempo, membro de um Governo que tutela as autarquias locais. Não pode ser, em simultâneo, tutelar e entidade tutelada…

O decálogo do amor...


Dedicado a todos os meus amigos apaixonados (?)

"1 - Antes de amares os outros, aprende a respeitar-te a ti mesmo. Quem não se respeita não pode amar.

2 - Não confundas o amor com as sensações ou emoções da atração. O verdadeiro amor é fruto de uma disciplina, de um treino.
3 - Não confundas amor com posse.(...)
4 - Amar é expressão de maturidade. Ela vem depois de uma longa caminhada pessoal.
5 - Não confundas amor com dependência de outro/a, necessidade de apoio, medo de solidão (...)
6 - O amor é por definição, uma relação vertical. Podem vivê-lo aqueles que conseguiram emergir da horizontalidade do dinheiro,do poder, do sexo, do sucesso.
7 - Uma pessoa superficial nunca poderá amar.
8 - Quem não experimentou o sofrimento espiritual não conhece o amor.
9 - O amor é uma coisa bela. mas é como uma flor: Se lhe deixares faltar a àgua morrerá.
10 - Todos falam de amor. Pensam que amam, mas na realidade não amam. E não sabem disso.


* O Amor é humildade não modéstia.* O Amor é doçura não pieguice.* O Amor é capacidade de sofrer não masoquismo.* O Amor é capacidade de tomar decisões, não sadismo.* O Amor é saber dizer não quando é preciso* O Amor é escolher.* O Amor é manter sempre a dignidade pessoal.* O Amor é querer o bem do outro, dos outros.* O Amor não é egoismo.* O Amor é verdade."


Valerio Albisetti - "Para ser feliz" No blog: http://eu-estou-aki.blogspot.com/

As três questões


Alguém contava que um discípulo se sentia intrigado com algumas questões. Queria ter respostas para elas. Foi ter com o mestre e colocou-lhe as três questões:
Qual é o lugar mais importante do mundo? Qual é a tarefa mais importante do mundo? Quem é o homem mais importante do mundo?

O mestre respondeu-lhe:
- O lugar mais importante do mundo é aquele onde estás. O lugar onde moras, vives, cresces, trabalhas e actuas… é o mais importante do mundo. É ali que deves ser útil, prestativo e amigo, porque este é o teu lugar.

- A tarefa mais importante do mundo não é aquela que desejarias fazer, mas aquela que deves fazer. Por isso, pode ser que o teu trabalho não seja o mais agradável e bem pago do mundo, mas é aquele que te permite o próprio sustento e da tua família. É aquele que te permite desenvolver as potencialidades que existem dentro de ti. É aquele que te permite exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade. Se tu não tens o que amas, o importante que ames o que tens. A tarefa mais pequena é importante. Se tu falhares, ninguém a executará em teu lugar, exactamente da forma e da maneira que tu o farias.
- E, o homem mais importante do mundo é aquele que precisa de ti, porque é ele que te possibilita a mais bela das virtudes: a caridade. A caridade é uma escada de luz. E o auxílio fraternal é oportunidade que ilumina. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.

O discípulo, ouvindo as respostas tão ponderadas e bem fundamentadas, aplaudiu, agradecido.

Muitas vezes pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido num país com menos inflação, com menos miséria, sem taxas tão altas de desemprego, tivéssemos melhores oportunidades. Outras vezes queixamo-nos do trabalho que fazemos todos os dias, das tarefas que temos, por achá-las muito ínfimas, sem importância.Desejamos que determinadas pessoas, importantes, de evidência social ou financeira pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.

Contudo, tenhamos certeza: estamos no lugar certo, na época correcta, com as melhores oportunidades, com as pessoas que precisamos à nossa volta. Precisamos de pensar nisto.A atitude de serviço é o desafio que Jesus pede aos seus discípulos e aos cristãos de todos os tempos…mais do que pedirmos, bons lugares, como Tiago e João, precisamos de aprender a responder ás três questões.

O mundo perfeito do"pai" da Anita

É bonito mesmo nos dias de hoje existirem vozes contra a corrente aparentemente natural do "tudo vale". Obviamente que me refiro ao destaque dado por mim ao artigo que transcrevo, da suposta pretensão de uns iluminados de quererem que até a Anita seja filha de pais divorciados, mas a resposta do autor é clara e muito natural: - "como é possível se eu sou casado há mais de 50 anos e continuamos a dar-nos bem", são exemplos destes que a sociedade actual necessita, que nem tudo vai mal e que acima de tudo a família é um bem necessário, insubstituível e que existem pessoas felizes casadas há mais de 50 anos.
Por muito que pretendam uniformizar os "novos tipos de família", que existem e não podem ser rejeitados nem olhados de lado, a família natural é a de pai, mãe e filhos.
Porque se cada vez mais conseguirmos "formatar" as mentalidades das crianças em particular e da sociedade em geral para o divórcio, promiscuidade, etc. onde é que iremos parar ? que sociedade estaremos a construir? baseada em que modelos, valores, ideias? - do tudo vale?
Será que a familia ainda é a "célula básica da sociedade"?Sinceramente espero que sim e rezo a Deus para que isso assim continue.


"É um dos grandes clássicos da literatura infantil: a colecção da Anita vendeu mais de 80 milhões de livros em todo o mundo e está traduzida em dezenas de línguas.
O seu desenhador, Marcel Marlier, veio a Portugal celebrar os 50 anos da sua menina exemplar.
Passaram-se já 52 anos desde que Marcel Marlier desenhou pela primeira vez a Anita - ele, que é belga, chama-lhe Martine. Em 50 anos muita coisa mudou: houve países que nasceram, outros que desapareceram, o Muro de Berlim caiu, o comunismo acabou, a televisão tornou-se um objecto banal, apareceu a Internet, surgiu a União Europeia, os islamistas radicais atacaram os EUA.
Enfim, muito mudou. Mas a Anita? Atravessou as décadas, com o seu cão Pantufa, o seu irmão, os amigos, um universo feliz e perfeito. E vendeu milhões - mais de 80 milhões de exemplares em todo o mundo, e mais de 12 milhões só em Portugal. A verdade é que pequenas coisas mudaram nela, o corte de cabelo, às vezes os traços do rosto (sobretudo se compararmos com os primeiros álbuns), a idade, que pode oscilar entre os cinco e os sete anos, mas na essência, Anita continua a ser "uma criança que é gentil, que tenta fazer as coisas bem", tal como Marlier a imaginou há 50 anos. E continua a ter o rosto da menina que trabalhava na loja do outro lado da rua quando o desenhador tinha dez ou 12 anos, e que lhe fazia bater o coração mais depressa.
"Não lhe dizia que a amava, claro, porque naquele tempo não era como agora. Não teria ousado tocar-lhe, era como uma santa. Foi esse rosto que me ficou e quando tive que fazer a Anita foi esse rosto que me veio. Queria que fosse uma rapariga gentil e calorosa, que respeitasse os outros. Parecia-me o rosto que melhor representava isso", conta Marlier. Mudanças, mas poucas Durante todos estes anos, Anita - ou Martinka, ou Lilli, ou Martita ou Mariona, conforme os países - aprendeu a nadar, andou na escola de vela, foi ao jardim zoológico, perdeu o cão, passou férias com os avós, foi baby-sitter, esteve doente, aprendeu culinária, ballet, desenho, ajudou a mãe. Marlier, e Gibert Delahaye, criador original da personagem e autor dos textos até à sua morte, em 1997 (hoje é Jean-Louis Marlier, filho do ilustrador, que escreve os textos), chegaram a ser criticados por álbuns como Anita na Cozinha. "Diziam que estávamos a defender que as mulheres deviam ficar em casa", recorda Marlier.
Mas, ao mesmo tempo, ela aprende coisas como vela ou equitação, e parece fazer sempre tudo bem. Marlier fez algumas cedências à evolução dos tempos. Os vestidos muito curtos e lenços na cabeça de um primeiro álbum como Anita na Quinta (1954) foram substituídos por roupas mais modernas. Mas o desenhador acredita que, na essência, as crianças não mudaram, apesar do ambiente em redor. "Infelizmente, hoje deixam-se influenciar muito pela televisão e querem coisas absurdas, como calças de ganga já gastas ou rasgadas. Nas emissões de variedades, as raparigas são todas iguais, com cabelos iguais, aplaudem todas ao mesmo tempo, isso irrita-me porque é tudo formatado.
" No entanto, "há no homem uma certa gentileza e simpatia em relação aos outros" e é isso que cria a empatia com o universo da Anita, acredita Marlier. Ao princípio era apenas uma personagem como outras, mais um álbum para ilustrar. O êxito só aconteceu ao fim de dois ou três álbuns, e Marlier demorou a aperceber-se da dimensão do fenómeno. Mas lembra-se que uma das primeiras cartas que recebeu foi de uma portuguesa, a elogiar a "perfeição quase divina" do seu traço. Ficou-lhe na memória, tal como outra carta, muito mais recente, de uma menina que escreveu à Anita: "Tenho uma doença de pele, ninguém gosta de mim, mas tu és minha amiga e estás sempre comigo.
" Inspirado pela própria família - primeiro os filhos, agora os netos - Marlier não planeia introduzir problemas na vida de Anita.
"Pedem-me muitas vezes para que os pais dela se divorciem. Mas eu sou casado há mais de 50 anos com a minha mulher e continuamos a dar-nos bem. Fomos sempre uma família unida. Nunca houve com os meus filhos conflitos de gerações, nem na adolescência. Não tenho vontade de fazer divorciar os pais da Anita. Não é o nosso mundo.
" Também não é provável que a Anita passe dos sete, no máximo oito anos. "Não conheço o mundo das jovens, até porque com a televisão, a moda, e tudo isso as jovens correm o risco de se tornarem artificiais. Não me aventuro nesse mundo, deixo isso para outros." O novo álbum, que acaba de ser lançado em Portugal, chama-se Anita e os Fantasmas. E até ao dia 15 está no Centro Comercial Colombo uma exposição sobre os 50 anos da personagem. A Anita não mudou - e não mudará."11.10.2006 - in jornal publicoEnfim, coisas da vida ...

Opções (de vida e de morte)


Um dos pressupostos da economia é que os recursos são escassos. Por isso, para dar lugar nos hospitais aos abortos voluntários (se o aborto voluntário for aprovado), o governo prepara-se para correr dos hospitais os doentes com cancro, sida e hepatite C.
Na linha aliás de outras medidas recentes cada vez mais (neo)liberais e cada vez menos socialistas, como é exemplo o aumento de impostos sobre deficientes e idosos.
Não admira que o fosso entre ricos e pobres, entre os mais favorecidos e os mais necessitados, seja cada vez maior neste país. A opção governamental é cada vez mais clara: entre os fortes e os fracos, a sua opção é pelos mais fortes.
Na economia como no social como no resto (um caso paradigmático é a posição do primeiro ministro sobre o aborto - o embrião é, por natureza, o ser humano mais fraco, o mais frágil e mais dependente dos outros seres humanos).

No Blog: http://timoteoshel.blogspot.com/

Sou contra o aborto


Um casal bonito. Por dentro e por fora. Há muito tentavam descobrir no seu seio a criança, para a família ficar completa. As tentativas eram mais que muitas. Naturais. Acompanhamento médico. Terapias. Medicação. Insemi-nação.

Quando parecia que Deus estava a ceder ao seu pedido, ao seu desejo, tudo se desmorona. Já era difícil engravidar. Muito dinheiro empatado naquilo que achavam ser o mais importante das suas vidas e da sua partilha. Agora a dificuldade mantinha-se. Já não era só difícil engravidar. Tornara-se difícil não abortar. Estávamos a conversar da sua ansiedade. Que deviam esforçar-se, mas com serenidade. Que acima de tudo o mais importante era o amor que sentiam um pelo outro. Que não deviam deixar que a situação afectasse isso. Que deviam viver a vida e não deixar que ela os vivesse. Que havia sempre algumas alternativas.

Curioso, pois tínhamos acabado de assistir a um programa sobre adopções de crianças com deficiência. Eram altas horas da madrugada. Mas a conversa mantinha-se oportuna e interessada. Às tantas ela surge com este desabafo. Andam aí a lutar para que o aborto seja legalizado. Andam aí tantas mães a abortar porque os não querem. E quem os quer, sofre porque os não consegue.

Curioso como não falou da intervenção divina. Nem eu. Já encontrei pais bem felizes com as adopções que fizeram. Continuou. É injusta esta sociedade. Eu sou contra o aborto. Sou-o sobretudo porque acho que é uma perda quando há tanta gente que gostaria de encontrar a felicidade nos filhos que não consegue dar à luz e há quem os destrua com o argumento egoísta da felicidade. A conversa não ficou por ali. Mas o assunto sim.
No Blog: http://eupadre.blogspot.com

Um Deus da Razão!


Estando para lá do mundo, o Deus dos cristãos não lhe é contrário nem alheio: o mundo, saído das suas mãos, é regido por regras conformes à natureza divina.Esta razoabilidade da Fé sempre foi um tema caro a Joseph Ratzinger: na sua última intervenção pública enquanto tal, na abertura do conclave que o elegeu Papa, referia-se à importância da razão na crítica ao vazio do relativismo.

Depois de eleito, reafirmou em diversas ocasiões a importância do estudo racional da fé quer para a formação dos católicos, quer para o diálogo com os não católicos.Na sua estadia em Auschwitz, em Maio deste ano, o mote da sua alocução foi: O nosso Deus é um deus da razão! Nesse lugar, que alguns consideraram como prova definitiva da inexistência de Deus, Bento XVI não fugiu à dureza do problema do ocultamento de Deus perante o mal, e concluiu que a exclusão de Deus da esfera da racionalidade só pode degenerar na violência. Deus não só existe como pode ser reconhecido, pois é um Deus da razão: a ordem do mundo, o desejo de bem e de felicidade do Homem só podem ser compreendidos e satisfeitos por um percurso para Deus conforme à razão do Homem.

Afirmar que a razão é inútil para chegar a Deus conduz a um de dois abismos: o da inexistência de Deus (e se Deus não existe, tudo me é permitido) ou o da arbitrariedade de Deus (e se Deus não se compreende, tudo me é permitido em seu nome)...O discurso de Bento XVI em Ratisbona pretendeu reafirmar isto: não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus! A frase era retirada de um diálogo medieval que pretendia mostrar a ilegitimidade da violência na propagação da fé.Do ponto de vista académico, Bento XVI situa a frase no contexto. E faz bem!

Mas, do ponto de vista pastoral, que se pretende com a citação de uma tão veemente crítica no momento em que as relações entre os muçulmanos e os infiéis são tão tensas? Talvez Bento XVI tenha cometido um lapso (facto pouco provável, dada não só a sua craveira intelectual, mas também a atenção que merecem os textos papais antes de serem pronunciados). Mas, mesmo que seja um lapso (e tal como aconteceu com os cartoons dinamarqueses) ele revela os interlocutores que temos para lá (e para cá, também) do Mediterrâneo: parlamentares que não sabem ler um texto académico; imãs para os quais diálogo inter-religioso é um termo carente de sentido; e massas ululantes e alienadas pelos anteriores, que queimam indiferenciadamente bandeiras israelitas, retratos de Bush ou igrejas ortodoxas, como se se tratasse tudo da mesma coisa.

Nós somos os infiéis! E infelizmente para nós, essas multidões do cordão muçulmano, estão apenas à espera do momento em que nos farão chegar a verdade... Tanto lhes dá que em Ratisbona, Roma ou Washington os seus correligionários gozem de plena liberdade de culto e de expressão: nos seus países, a conversão ao cristianismo está proibida, podendo ser punida, em alguns casos, com a morte por apedrejamento.

Se o Islamismo é, como tantos afirmam (e eu espero) uma religião de paz, não lhe fará mal nenhum mostrar alguma misericórdia. Mas se o Islamismo estiver, como parece, a reforçar a componente violenta que o caracterizou ao longo da sua história, talvez seja melhor ao Ocidente reflectir sobre a oportunidade do apaziguamento dos muçulmanos. Caso contrário, corremos o risco de, dentro de 60 anos, ter que ouvir outro Papa a lamentar as consequências do apaziguamento da irracionalidade!

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Imposto sobre impostos


Quase 1.300 milhões de euros, 0,8% do PIB estimado para 2007, 130 euros por cada cidadão, mais de 400 euros por cada família. Tal é o valor de IVA que iremos pagar em 2007, relativo apenas à incidência (21%) sobre outros impostos, designadamente os chamados impostos especiais sobre o consumo.
No quadro ao lado, consta esta "base de incidência", retirada da proposta do OE para 2007 e o IVA que daí resultará.




Refira-se que o valor assim arrecadado de IVA representará, por si só, quase 10% da colecta que se prevê para este imposto em 2007. Valor que seria por certo mais bem aplicado se permanecesse nos bolsos dos contribuintes. Ajudando, por exemplo, a reduzir o montante de subsídios - 2.640 milhões de euros previstos para 2007 - ou dos gastos com os Gabinetes dos representantes da República nas Regiões Autónomas - qualquer coisa como 550 milhões de euros.
Enfim, será caso para perguntar se temos uma política fiscal ou pura extorsão.
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Deus já disse "Não"!

Não preciso que nenhum Bispo, Padre ou Concílio me venha dizer que a matança de bebés no ventre de uma mãe é uma coisa horrível e abominável. A Palavra de Deus já esclareceu há muito tempo isso: “Não matarás!”.Sola Scriptura!

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Em Madrid, contra a Pobreza

De vários quadrantes, ideologias, idades, crenças... contra a pobreza. O que nos move... um grito que todos ouvimos pedindo que alguma coisa mude. Talvez seja bom pensar o que cada um de nós pode fazer para além da Manifestação de ontem...

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Olha esta!!!

Esta senhora tem um desplante difícil de superar.Prevendo a possibilidade de que o referendo não seja vinculativo, por maioria de abstenção, ataca a sensata posição, já expressa pelos socialistas, de respeitar os resultados, sejam eles quais forem. Como isto significa que, se ganhar o não como em 98, mesmo que só votem cinco pessoas, não haverá despenalização, considera esta senhora que, nessa altura, os senhores deputados deviam tomar as rédeas do assunto e legislar pela despenalização, porque diz ela, isso significa "que o povo maioritário não quer decidir sobre isto e agradece a quem o fizer por si". Claro que não lhe ocorre que também pode ser o contrário: o povo maioritário pode querer as coisas como estão...Isto costumava chamar-se desonestidade intelectual.
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26.10.06

O melhor dos blogues está aqui

Para aqui transcreverei o que de melhor encontrar noutros blogues.